Mostra apresenta produções de Hong Kong

A efervescente Hong Kong, quando ainda era uma colônia britânica, foi o principal centro de produção de cinema asiático, formando uma indústria forte que dominava as bilheterias em todo o sudeste do continente. Atores como Bruce Lee e Jackie Chan, diretores como John Woo e Tsui Hark, antes de serem consagrados no ocidente, já eram grandes estrelas no apogeu das produções de Hong Kong, nos anos 60/80. Essa parte importante da história do cinema, pouco conhecida do público brasileiro, será apresentada na mostra Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong, que exibirá 23 longas-metragens, do auge do sucesso da produtora Shaw Brothers, nos anos 60/70, passando pelo cinema novo de Hong Kong do começo dos anos 80, até 1997, quando a colônia foi devolvida à China, a presença de Hollywood na região era mais forte e começava a decadência da produção.

Com curadoria de Filipe Furtado, a mostra apresenta filmes nos mais diversos gêneros e registros (artes marciais, tanto os filmes de espadachim como os de kung fu, comédias rasgadas, musicais melodramáticos, filmes policiais, de horror e fantasia), sucessos de crítica e também populares, tentando abarcar, quando possível, tanto os principais diretores (King Hu, Chang, Cheh, Patrick Tam, Tsui Hark, John Woo), como as principais estrelas (Grace Chang, Ti Lung, Bruce Lee, Jackie Chan, SammoHung, ChowYun Fat, Leslie Cheung) do período. Entre os filmes, destacam-se Nômade (1982), de Patrick Tam, um dos pontos altos do Cinema Novo de Hong Kong e grande influência sobre Wong Kar-Wai, Sonhos da Ópera de Pequim (1986), de Tsui Hark, sobre um grupo de revolucionários na China de 1913 à beira de uma guerra civil, e O Arco (1969), de Cecile Tang, um dos primeiros filmes orientais dirigido por uma mulher, que lida com a falta de opções femininas e estratificação social. Além dos clássicos do cinema de ação O Grande Mestre Beberrão (1966), de King Hu, Golden Swallow (1968), de Chang Cheh, referências fortes para O Tigre e o Dragão, de Ang Lee; e Ho, o Sujo (1979), de Lau Kar Leung.

A programação inclui alguns filmes com entrada franca (as senhas serão distribuídas a partir de uma hora antes do início da sessão), entre ele,s Projeto China (1983), de Jackie Chan, que terá uma sessão inclusiva com audiodescrição e tradução para a linguagem de LIBRAS, no dia 23, quarta-feira, às 16h.

A mostra ainda promoverá duas atividades extras, com entrada franca, e lançará um catálogo que poderá ser trocado por cinco ingressos de filmes assistidos durante o evento. No dia 17 de maio (quinta), às 19h, será realizado um debate, com tradução para linguagem de LIBRAS, com o curador da mostra Filipe Furtado, o crítico de cinema Ruy Gardnier, e mediação do produtor da mostra Julio Bezerra. E, nos dias 16, 17 e 18, das 14h às 15h30, será oferecido o curso “O cinema de Hong Kong”, com Filipe Furtado. As incrições para o curso devem ser feitas através do e-mail hongkongccbb@gmail.com.

A programação completa da mostra pode ser conferida em www.bb.com.br/cultura.

 

Mostra Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong
Data: 
CCBB Rio de Janeiro – 2 a 28 de maio, CCBB Brasília – 12 de junho a 8 de julho e CCBB São Paulo – 20 de junho a 16 de julho

 

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