Meu Nome não é Pixote

As Edições Sesc São Paulo lançam o livro Meu Nome não é Pixote, do antropólogo e dramaturgo Ed Anderson MascarenhasO lançamento acontece dia 16 de maio, a partir de 18h30, no CineSesc, em São Paulo, com sessão de autógrafos, seguida de exibição do filme Pixote: a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, e bate-papo com o autor Ed Mascarenhas e o dramaturgo e diretor Aimar Labaki, também autor da orelha do livro. No dia 25 de junho, também acontece um bate-papo com o autor, seguido de sessão de autógrafos, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

A obra é um estudo em múltiplas camadas sobre a forma como o jovem é retratado no cinema, em especial no Brasil. Os filmes escolhidos para ampararem a pesquisa são o clássico Pixote: a Lei do Mais Fraco, de 1980, do diretor Hector Babenco, e Meu Nome não é Johnny, de 2008, do diretor Mauro Lima.

Ancorado em teóricos e pensadores como Jesús Martín-Barbero, Edgar Morin, Zygmunt Bauman, Joseph Campbell e o brasileiro Ismail Xavier, Ed Anderson analisa a presença do jovem transgressor nos dois filmes, bem como o contexto social de produção e do espaço urbano como personagem em ambos. Enquanto analisa as duas obras em profundidade, o autor aproveita para rever a produção do cinema nacional, com foco na juventude, ao longo dos quase trinta anos que se passaram entre seus lançamentos. 

Três décadas separam as duas produções. A transgressão, uma questão social em Pixote – protagonista vindo das camadas mais desprovidas da sociedade, batendo-se com o mundo marcado por falta de opções –, transmuta-se em hedonismo inconsequente em Johnny, um jovem de classe média que se debate com as múltiplas possibilidades de que dispõe.

O livro é dividido em cinco capítulos: Cinema: juventudes e metrópole; Os gêneros ficcionais e a representação de um herói contemporâneo; Pixote: o fraco desafia a lei; João Estrella, o indivíduo hipostasiado Instantes do agora, porque o tempo não para. Este último faz uma análise da filmografia nacional produzida posteriormente aos filmes estudados no livro, citando ainda filmes como Califórnia, de 2015, dirigido por Marina Person, O Filme da minha Vida, de 2017, dirigido por Selton Mello e Que Horas Ela Volta?, de 2015, da diretora Anna Muylaert, entre outros.

Em seu estudo, Ed Anderson Mascarenhas também mostra a mudança pela qual passou o cinema nacional na hora de escolher para onde apontar a câmera, revelando uma nova expectativa do cinema em relação à sociedade. E vice-versa.

Sobre o autor: Ed Anderson Mascarenhas é natural de Salvador, Bahia, e atualmente mora e trabalha em São Paulo. Dramaturgo, pesquisador e educador, atua com as juventudes no programa socioeducativo do Sesc Belenzinho. Mestre em Ciências Sociais/Antropologia (PUC-SP), pós-graduado em Crítica de Cinema (FAAP), bacharel em Artes Cênicas (UFBA) e em Turismo (FETBa), pesquisador do CNPq com o projeto A dramaturgia baiana no teatro contemporâneo (UFBA).

Meu Nome não é Pixote
Autor:
 Ed Anderson Mascarenhas
Editora: Edições Sesc São Paulo

 

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