Pelé, cidadão do mundo

Durante a vigésima edição da Copa do Mundo, o septuagenário Pelé mostrou que seu poder de sedução ainda continua grande. Primeiro, ele viu o filme “Pelé Eterno” (Aníbal Massaini, 2004) chegar, via plataformas on line, a 80 países. O que significa estar disponível, em vários idiomas, para comercialização, via internet, em diversos cantos do mundo. Ao mesmo tempo, Santos, a cidade onde o “atleta do século” desenvolveu o período mais longo e fértil de sua carreira, inaugurou o Museu Pelé. E que museu! Não se trata de um conjunto de salas encravado dentro de um estádio, nem de uma edificação sem personalidade. Trata-se de imenso conjunto histórico, no Valongo (coração da velha e quatrocentona Santos), que o tempo estava devorando. Tudo foi devidamente restaurado e a magnífica edificação, com quase 200 anos de história, abriga hoje todo o relicário do mítico rei do futebol. Mesmo os que discordam das ideias políticas (“brasileiro não sabe votar”) e dos atos do cidadão Edson Arantes do Nascimento (só reconheceu uma filha dos tempos de juventude às custas de exame de DNA e processo judicial) há de convir que o craque da bola ainda é o maioral no imaginário do mundo. Durante a mesma Copa, o cineasta Paul Leduc (“Reed, México Insurgente” e “Frida, Natureza Viva”) enviou aos amigos brasileiros a foto que ilustra esta nota. Trata-se de flagrante colhido no México, no começo dos anos 60. O texto presente no cartaz diz tudo: “Hoje! Não trabalhamos porque vamos ver Pelé”.

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