Cinema black

Um juiz do Maranhão, estado onde há forte presença negra (basta ver a força do reggae jamaicano no Centro Histórico de São Luís) resolveu embargar o Edital para Realizadores Afro-Brasileiros, promovido pela SAv-MinC. A área jurídica do Ministério conseguiu reverter a decisão. Enquanto aqui decisões de juízes isolados atrasam fomento à produção audiovisual black, nos EUA, nova safra de longas-metragens afro-americanos ganha relevo. O mais badalado de todos, neste momento, é o documentário “Fruitvale Station”, de Ryan Coogler, que tem o ator Forest Whitaker, de “Traídos pelo Desejo” e “O Último Rei da Escócia” (este lhe rendeu o Oscar), como produtor. O mesmo Whitaker está presente nos créditos de mais dois filmes da safra Black: é ator em “The Butler”, de Lee Daniels, e em “Black Nativity”, de Kasi Lemmons. Completam a safra black desta temporada, o documentário “Mother of George” e as ficções “Spartkle”, de Salim Aktil, “Baggage Claim”, de David E. Talbert, e “Big Words”, de Neil Drumming. Só um destes filmes tem lançamento garantido por aqui: “Fruitvale Station” (foto). Infelizmente, o Brasil, país cuja metade da população é negra e mestiça, não tem recebido muitos lançamentos black. Até os filmes de Spike Lee, o mais festejado dos afro-americanos, tornaram-se raridade em nossas telas.

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