Brasil DNA África

“Brasil DNA África”, documentário da Cine Group, estreia nesta quinta-feira (2), em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador no Itaú Cinemas. O filme investiga a origem de afrodescendentes e a importância dos africanos na construção do Brasil.

O longa-metragem conta com gravações em cinco Estados do país: Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. De cada Estado, uma pessoa foi escolhida para visitar seu povo na África, levando a produção à Nigéria, Guiné Bissau, Angola, República de Cameroun e Moçambique. A produção é baseada em três eixos: histórico, cultural e científico.

Com 72 minutos, “Brasil DNA África” é uma coprodução da Cine Group com a Globo Filmes e GloboNews, que se propõe a colaborar no processo de resgate da origem de parte dos brasileiros ao contar a história desses cinco cidadãos comuns que se submetem a um teste de DNA e descobrem suas origens africanas.

Ao todo, 150 pessoas fizeram testes de DNA para descobrir suas origens. O exame identifica se a pessoa compartilha a ancestralidade de determinadas etnias africanas. Mais de 220 etnias africanas estão registradas no banco de dados do laboratório responsável pelos testes, o African Ancestry, baseado em Washington, Estados Unidos.

O longa-metragem busca resgatar laços interrompidos pela escravidão. Inúmeros povos foram escravizados ao longo da história da humanidade. Entre os séculos XVI e XIX, mais de 4,8 milhões de africanos foram trazidos para o Brasil como escravos. Ao todo, 51% da população brasileira se declara negra ou parda, mas a maioria desconhece sua origem.

O projeto teve início em 2013, com a seleção de participantes ligados a movimentos negros, artistas, jornalistas e formadores de opinião. Fizeram o exame de DNA a atriz Zezé Motta, o sambista Martinho da Vila, a compositora Ana de Hollanda, a cantora Margareth Menezes, o ator Antonio Pitanga, o músico Naná Vasconcelos e o presidente do Olodum, João Jorge, entre outros.

No filme, Zulu Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, descobre que é descendente do povo tikar. Ele se emociona durante sua visita à República do Cameroun. A consultora de moda Juliana Luna, do Rio de Janeiro, vai à Nigéria conhecer o povo iorubá. O jornalista e poeta maranhense Raimundo Garrone viaja para Guiné Bissau. Ele é descendente do povo Balanta. O mestre de maracatu Levi da Silva Lima, de Pernambuco, descobriu que descende dos Makua e visita Moçambique. Por fim, o músico Sérgio Pererê, de Minas Gerais, conhece a Angola e descobre que os seus ancestrais são do povo Mbundu.

“Brasil DNA África” conta com patrocínio do laboratório African Ancestry e da Globo Filmes. Carlos Alberto Jr. e Alexandre Jordão dirigiram gravações no Brasil e na África.

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