Hector Babenco é homenageado no SescTV
Para homenagear o cineasta Hector Babenco, que faleceu, aos 70 anos, na noite desta quarta-feira, 13, o SescTV exibe episódio da série Sala de Cinema que entrevista o diretor. Com direção de Luiz R. Cabral, o programa vai ao ar hoje (14/07), quinta, às 23h, com reapresentações nos dias 15/7, sexta, às 22h; 16/7, sábado, às 24h; e 18/7, segunda, à 1h (também em http://sesctv.sescsp.org.br/avivo).
Babenco, que costumava abordar a pobreza e a violência em seus filmes, fala sobre o começo da carreira e como foram os trabalhos de produções como O Rei da Noite (1975), Lúcio Flávio (1975), Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), O Beijo da Mulher Aranha (1985), e Carandiru (2003). O cineasta também comenta sobre o trabalho de preparação do elenco, o processo de direção e a carreira internacional.
O episódio, que tem mediação do jornalista Miguel de Almeida, apresenta depoimentos do crítico de cinema Leon Cakoff, do roteirista Jorge Duran e do cineasta Roberto Gervitz.
Hector Babenco nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 7 de fevereiro de 1946, mas se mudou para o Brasil aos 19 anos. Em 1977, naturalizou-se brasileiro. Filho de pai argentino, descendente de imigrantes ucranianos, e mãe polonesa, ele cresceu em Mar del Plata. Em sua carreira, dirigiu dez longas-metragens, entre os quais estão Pixote (1980), O Beijo da Mulher Aranha (1984), Carandiru (2003) e seu mais recente trabalho, Meu Amigo Hindu (2016) e espetáculos teatrais como Loucos de Amor (1988), de Sam Shepard, Closer – Mais Perto (2000), de Patrick Marber, Hell Paris (2010), da escritora francesa Lolita Pille e Vênus em Visom (2013), premiada peça de David Ives.
“Meu amigo Babenco.” Não um amigo convencional. Não o conheci, nem convivemos pessoalmente. Mas somos da mesma geração. E assisti à maioria de seus filmes, desde “O Rei da Noite” até “Meu amigo Hindu”. Este me tocou profundamente, de uma forma especial e chorei quase o filme inteiro, pelo filme como um todo, não apenas pelo seu tema mais aparente. E todos os seus filmes, ao longo desses 40 anos como espectadora assídua, sempre me trouxeram reflexões profundas e determinantes, sobre a vida, os seres humanos, o cinema, a arte. E me tornaram uma pessoa melhor. Amadureci vendo os filmes do Babenco. Não é este o papel de um grande e verdadeiro amigo?