Itaú Cultural apresenta um recorte de ícones do cinema brasileiro exibidos no país em 1968

Nos dias 1, 8 e 22 de maio (sempre terças-feiras, a partir das 19h), a programação de cinema do Itaú Cultural de São Paulo exibe uma seleção de filmes que marcaram a geração de 1968, seja por seu contexto histórico e político, seja por sua relevância no mercado cinematográfico brasileiro. O recorte curatorial procura traçar uma panorâmica não exaustiva entre filmes representativos vistos pelos brasileiros naquele período.

Há 50 anos, a chamada revolução de 68, em Paris, marcou a história do mundo em geral e do Brasil, em particular e refletiram em todas as áreas de expressão, incluindo o cinema. Foi um momento em que grandes filmes foram produzidos, marcando gerações, tanto do ponto de vista histórico quanto do estético e visual.

Neste maio de 2018, o clico de filmes Nas Telas de 1968 mostra um pouco das digitais deixadas nos filmes produzidos no Brasil naquele período e acompanhados pelos espectadores brasileiros. Na primeira terça-feira da programação, dia 1, o Instituto exibe o curta-metragem Bla Bla Bla, de Andrea Tonacci, sobre o pronunciamento de um ditador em meio a uma crise institucional, que lhe escapa do controle. Na sequência, é projetado o longa-metragem O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, livremente inspirado na história real do misterioso assaltante (Paulo Villaça) e suas técnicas extravagantes para roubar casas luxuosas de São Paulo.

Dia 8 de maio, terça-feira da semana seguinte, também a partir das 19h, a tela da sala Itaú Cultural é ocupada por A Trilogia do Terror, filme de terror composto de três segmentos, cada um dirigido por um cineasta. Nesta produção, Ozualdo Candeias assina O Acordo, em que uma mulher oferece uma donzela ao diabo em troca de desencalhar a filha solteira. Luís Sérgio Person dirigiu Procissão dos Mortos, sobre o único operário de uma cidade do interior com coragem para enfrentar guerrilheiros fantasmas. O terceiro é de José Mojica Marins, Pesadelo Macabro, no qual um rapaz é aterrorizado por pesadelos em que se vê enterrado vivo.

Encerrando a mostra, na terça-feira, 22, tem Roberto Carlos nas paradas. Com 50 anos a menos e nos tempos da Jovem Guarda, ele protagoniza Roberto Carlos em Ritmo de Aventura. O filme de Roberto Farias, com Wanderleia, David Cardoso, Reginaldo Faria, José Legwoy, Rose Passini e Ana e Marisa Levy no elenco, gira em torno das peripécias do cantor para fugir da perseguição de bandidos furiosos.

Em paralelo ao ciclo, será realizado o curso O Cinema brasileiro nos anos entre 1967-1974, ministrado pelo filósofo e professor da história do cinema Mateus Araújo, de 2 a 4 (quarta-feira a sexta-feira), às 19h30. Em três encontros, ele exibe e analisa produções brasileiras que impactaram aquele período, com foco em suas respostas ao recrudescimento da ditadura militar no país. As inscrições para as 50 vagas foram encerradas em 25 de abril. 

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