Carlos Reichenbach morre aos 67 anos

O cineasta Carlos Reichenbach morreu na tarde de ontem em São Paulo. Carlão (como era conhecido por todos no meio do cinema) acabara de completar 67 anos exatamente no dia de ontem, 14 de junho. Reichenbach deixa um legado de filmes, textos e muitas ações como incentivador e divulgador do cinema e da cultura. O diretor também foi professor de cinema na ECA – USP durante muitos anos.

Carlos Reichenbach nasceu em Porto Alegre mas viveu toda sua vida na cidade de São Paulo, cenário de suas principais obras e local em que participou de diversos movimentos de vanguarda como o Cinema Marginal e as experiências mais autorais do cinema da Boca do Lixo. Premiado nos principais festivais do país, como Brasília e Gramado, Reichenbach teve sua obra reconhecida internacionalmente e chegou a ser tema de uma mostra com seus filmes no prestigioso Festival de Roterdã, na Holanda, nos anos 80. O mesmo festival holandês apresentou em sua última edição, realizada no início deste ano, uma cópia restaurada de “Liliam M – Relatório Confidencial”, de 1975, um dos principais filmes de Carlão.

Carlão deixa 22 filmes assinados como diretor, 21 roteiros filmados e 38 películas em que dirigiu a fotografia. Seu último trabalho foi “Falsa Loura”, lançado em 2007. Entre seus principais filmes como diretor estão “A Ilha dos Prazeres Proibidos” (1979), “Império do Desejo” (1981), “Filme Demência” (1985), “Anjos do Arrabalde” (1987), “Alma Corsária” (1993) e “Garotas do ABC” (2003).

Carlos Reichenbach era sócio da produtora Dezenove Som e Imagens ao lado de Sara Silveira e Maria Ionescu e apresentava, desde 2004, a Sessão do Comodoro no CineSesc, que exibia todo mês filmes raros e inéditos no circuito brasileiro. Reichenbach era casado com Lygia Reichenbach e deixa três filhos e uma neta.

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