Cinesul exibe 240 filmes de 14 países em sua 19ª edição
Sessenta e nove produções de países latino-americanos e da Península Ibérica competem no 19º Cinesul – Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo nas categorias ficção e documentário de longas, médias e curtas-metragens. São 17 longas-metragens – oito documentários e nove de ficção – e 52 médias e curtas-metragens, sendo 23 documentários e 29 ficcionais. O Brasil comparece com 33 trabalhos, entre eles, duas coproduções, uma com Portugal e uma com a Argentina. Os outros 36 vem de 12 países, sendo 13 da Espanha, seis da Argentina, três do México, dois de Cuba, dois da Venezuela, dois de Portugal, dois do Chile, dois da Colômbia, um do Equador, e três coproduções: El Salvador-México, Porto Rico-Espanha e México-Alemanha. O festival acontece de 12 de junho a 1º de julho, no Rio de Janeiro.
O homenageado desse ano é o multifacetado Sérgio Ricardo. Cineasta, cantor e compositor, ele completa 80 anos no dia 18 de junho e o Cinesul o reverencia na noite de abertura, às 19h, oferecendo um encontro com amigos com direito a bolo e música de parabéns, seguido da exibição do seu premiado curta-metragem “Menino da Calça Branca”, de 1961, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Batizado João Lutfi, Sérgio Ricardo é descendente de família libanesa e desenvolveu seu talento artístico em diversas áreas. Como cineasta lançou quatro filmes – “Esse Mundo é Meu” (1964), “Juliana do Amor Perdido” (1968) e “A Noite do Espantalho” (1973), além do primeiro “Menino da Calça Branca”(1961).
Como músico ficou conhecido por sua polêmica participação no Festival de Música Popular Brasileira (1967) com a canção “Beto bom de bola”, além de seus discos e trabalhos de composição de trilhas sonoras para cinema, televisão e teatro. Entre as trilhas de filmes estão “Esse Mundo é Meu”, de Sérgio Ricardo, 1964 ; “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, 1964 9 (prêmio de melhor música pela Comissão Estadual de Cinema, SP, 1966 ); “O Auto da Compadecida”, de Jorge Jonas, 1967 ; “Vozes do Medo”, de Roberto Santos, 1969 , entre outros. Como cantor e compositor possui 16 discos, entre eles “Ponto de Partida”, “Arrebentação” e “Depois do Amor”. Sérgio é também pintor e escritor, tendo lançado três livros: “Quem Quebrou meu Violão”, “O Elefante Adormecido” e “Elo: Ela”.
Os 25 anos da Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños (EICTV), de Cuba, completados em dezembro último, serão comemorados no Cinesul 2012 no dia 1º de julho no Centro Cultural Correios. Serão exibidos filmes de brasileiros que estudaram lá. Já passaram pela EICTV nomes como Nelson Pereira, Cacá Diegues, Geraldo Sarno, Ziraldo, Ruy Guerra, Orlando Senna, entre tantos outros.
Além de exibição de filmes na competitiva, o Cinesul 2012 traz dez mostras temáticas: “Arte Cinesul”(12 filmes); “Bossas Musicais (18); “Cinesul Animado”(15) “Cinesul Criança” (16 curtas- metragens para os pequenos); “Cinesul Fantástico” ( 23); “Foco Espanha” (24 produções que se destacaram no mercado audiovisual espanhol); “Palcos e Telas”(24); “Romance Latino”(15); “Viagens e Fronteiras” (14); e “Cinesul Ambiental”, o grande destaque desta edição que acontece paralelamente à Rio +20 e exibe 15 filmes. Com temas que vão de mineração a populações indígenas e agrotóxicos, serão exibidos seis longas-metragens de documentários, um curta de ficção e oito curtas de documentário. O Brasil marca presença com dez produções, Panamá e a Espanha são representados cada um por um longa documentário, a Argentina apresenta um curta e a Guatemala, dois.
Na edição deste ano, haverá o lançamento de dois livros: “DOCTV – Operação de Rede”, organizado por Maria do Rosário Caetano, e “Brasil México – aproximações cinematográficas”, organizado por Tunico Amancio e Maria Cavalcanti Tedesco.
Filmes selecionados para a mostra competitiva:
Competitiva longa-metragem ficção
- La Sublevacion, de Raphael Aguinaga / Argentina – Brasil
- Topos, de Emiliano Romero / Argentina
- Cru, de Jimi Figueiredo / Brasil
- Mapa Para Conversar, de Constanza Fernández / Chile
- Silencio en el Paraiso, de Colbert García / Colômbia
- El Artificio, de José Henrique March / Espanha
- A Vingança de uma Mulher, de Rita Azevedo Gomes / Portugal
- La Hora Cero, de Diego Velasco / Venezuela
- Habanastation, de Ian Padron/ Cuba
Competitiva longa-metragem documentário
- Parapolicial Negrom, de Valentín Javier Diment / Argentina
- Torino, de Agustín Rolandelli / Argentina
- Carta para o Futuro, de Renato Martins / Brasil
- Iván – De Volta Para O Passado, de Guto Pasko / Brasil
- María en Tierra de Nadie, de Marcela Zamora Chamorro / El Salvador-México
- Los Ojos de la Guerra, de Roberto Lozano Bruna / Espanha
- La Plaza, de Adriano Morán / Espanha
- Las Carpetas, de Maite Rivera Carbonell / Porto Rico – Espanha
Competitiva de curta e média-metragem de ficção
- Momentos, de Pablo Polledri / Argentina
- Luminaris, de Juan Pablo Zaramella / Argentina
- Lápis de Cor, de Alice Gomes / Brasil
- L, de Thais Fujinaga / Brasil
- O Descarte, de Carlon Hardt e Lucas Fernandes / Brasil
- Ribeirinhos do Asfalto, de Jorane Castro / Brasil
- O Cão, de Abel Roland E Emiliano Cunha / Brasil
- Laura, de Thiago Valente / Brasil
- Deus, de André Miranda / Brasil
- Realejo, de Marcus Vinicius Vasconcelos / Brasil
- Cárcere Privado, de Oscar R. Júnior e Melissa Lipinski / Brasil
- Confinado, de Rafael Lobo / Brasil
- Marambé, de Fernanda Salgado / Brasil
- Jennifer, de Renato Cândido de Lima / Brasil
- Destimação, de Ricardo De Podestá / Brasil
- Benjamín en Tecnicolor, de Ángela Tobón Ospina e Juan David Gil Palacio / Colômbia
- Les Bessones del Carrer de Ponent, de Marc Riba e Anna Solanas / Espanha
- La Última Secuencia, de Arturo Ruiz Serrano / Espanha
- Hidro, de Iago Blasi / Espanha
- El Barco Pirata, de Fernando Trullols Santiado / Espanha
- Oz, de Adrian Lopez / Espanha
- Les, de Aida Ramazanova / Espanha
- Luciano, de Dani de la Orden e Cyprien Clément-Delmas / Espanha
- Pornobrujas, de Juan Gautier / Espanha
- Reality 2.0, de Victor Orozco Ramirez / México – Alemanha
- Desierto, de Christian Rivera / México
- Nuvem, de Basil Da Cunha / Portugal
- Incêndio, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes / Portugal – Brasil
- Mujeres del Tirano, de Ernesto Soto / Venezuela
Competitiva de curta e média-metragem de documentário
- Mi Compañero, de Juan Dario Almagro / Argentina
- Memoriam, de Sérgio Lacerda Pereira / Brasil
- Jus, de Marcelo Dídimo / Brasil
- Elegante e Furioso, de Ana Paula Guimarães / Brasil
- Prévia do Amanhã, de Arthur Moura e Felipe Xavier / Brasil
- Coco de Improviso e a Poesia Solta no Vento, de Natália Lopes / Brasil
- Elogio da Graça, de Fernanda Rocha Miranda / Brasil
- Enraizados, de Felipe Tomazelli e Ricardo Martensen / Brasil
- Barbeiros, de Luiz Ferraz e Guilherme Aguilar / Brasil
- Lindeiras, de Bruno Saphira / Brasil
- ABC da Noite: Sintaxe Urbana do Cotidiano, de Alline Meira / Brasil
- Na Trilha do Caboclo, de Luiz Bargmann Netto / Brasil
- O Brasil de Pero Vaz Caminha, de Bruno Laet / Brasil
- Diálogos, de Alice Riff / Brasil
- Travessia, de Kennel Rógis / Brasil
- Clementina de Jesus – Rainha Quelé, de Werinton Kermes / Brasil
- Tres Mujeres Lindas, de Margarita Poseck e Eugenia Poseck / Chile
- El Rey Del Pueblo, de Ju Cavalcante / Cuba
- Los Intrusos, de Carlos Medellín / Cuba
- Océano Sólido, de Tomás Astudillo / Equador
- When In Bucarest, de Jose Cabrera Betancort / Espanha
- Este Cuerpo Mío, de Jimena Colunga Gascón e Timo Rosales Nanni / México
- Lebenswelt, de Elías Brossoise / México