Inteligências de batom

Duas atrizes vêm chamando a atenção por se revelarem craques em outro ofício: o de escritoras. Fernanda Torres, Palma de Ouro em Cannes por “Eu Sei que Vou te Amar”, e Denise Fraga, Troféu Candango em Brasília por “Hoje”, estão conquistando milhares de leitores com suas crônicas jornalísticas publicadas na “Folha de S. Paulo”. Fernanda já colaborara em roteiros de filmes como “Traição” e “O Redentor”, mas sem exigir crédito. Quando estreou na “Ilustrada”, os que a admiravam como grande atriz, concluíram que ela é muito culta e que escreve muito bem. Denise Fraga começou sua carreira de escritora com o livro “Retrato Falado”, que vendeu mais de cinco mil exemplares. José Roberto Torero, ficcionista e cineasta, que assinava os textos da série televisiva de mesmo nome (Fantástico/Globo), testemunha que ninguém ajudou Denise no novo ofício. Ela escreveu, sozinha, a versão editorial das divertidas narrativas populares por ela protagonizadas na TV. Mesmo caso de “Travessuras de Mãe”, outro de seus livros. Sua coluna na “Folha” vem demonstrando que ela é dona de texto amoroso, delicado, sensorial. Já Fernanda é mais analítica, cerebral, provocadora. Que a segunda estrela do clã Montenegro-Torres (Fernandona, por direito, é a número um!) siga o exemplo de Denise e, o mais rápido possível, publique coletânea com suas melhores crônicas.

Denise Fraga

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