Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles
Feito a partir do projeto rio oir do artista plástico Cildo Meireles, o documentário Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles, dirigido por Marcela Lordy e com produção do Itaú Cultural, tem estreia nacional marcada para 8 de novembro, em São Paulo, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador.
Primeira experiência no cinema documental da diretora, o longa-metragem fica em cartaz, nas salas Itaú de Cinema, gratuitamente, até 5 de dezembro. A pré-estreia acontece no dia 7 de novembro na Sala Itaú de Cinema, do shopping Frei Caneca, em São Paulo.
Quando convidado a realizar uma obra sobre rios – dentro do projeto Margem do arquiteto Guilherme Wisnik para o Itaú Cultural –, Cildo Meireles resgatou um caderno de 1976. Assim, surgiu a obra rio oir em que o artista plástico busca o som das bacias de rios e nas águas processadas pelo homem. Depois, em um estúdio de som, foram juntados as imagens e sons capturados e combinados à cacofonia das águas residuais e às gargalhadas humanas. O título rio oir é um palíndromo, em um jogo de palavras que faz referência ao fluxo da água, à audição, e à risada.
Com o intuito de fazer um registro visual desta busca, a diretora Marcela Lordy, durante as viagens, se deparou com a situação alarmante das bacias hidrográficas, que destoava da primeira concepção do projeto. O contexto influenciou nas escolhas estéticas, que ganharam contornos políticos, mas a construção do documentário não se prende ao pessimismo.
O filme também revela a simplicidade da vida dos habitantes dessas regiões com a água – e da relação com ela – e potencializa a percepção entre o som e a imagem.
Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles já participou de diversos festivais como o Festival do Rio 2012; 1º Move Cine Arte; Cinélatino – XXV Rencontres de Toulouse, na França; 15° Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente, na Argentina; Festival International Signes de Nuit, na Rússia; Shanghai International Film Festival, na China; Cinecipó – Festival de Cinema Socioambiental da Serra do Cipó; 30º Festival de Cine de Bogotá, na Colômbia; além das mostras Expressions of Brazil 2011, no Canadá; FemCine 2012, no Chile; Mostra do Filme Livre 2013, no Rio, SP e DF; e FLIP 2013, em Paraty.