Prêmio Almanaque: Chico Teixeira

O Prêmio Almanaque desta edição vai para o cineasta Chico Teixeira. Quem acompanha a carreira do realizador paulistano sabe que ele é figura de natureza discreta. Sua obra reúne poucos títulos, mas notáveis pela originalidade temática e força criativa. Sua estreia no cinema se deu em 1995 com o belo e perturbador “Criaturas que Nasciam em Segredo”, documentário sobre anões. Ganhou diversos prêmios em festivais e foi saudado como talento dos mais promissores. Mas só estrearia no longa-metragem doze anos depois, em 2007, com o magnífico “A Casa de Alice”. Antes, realizara outro média-metragem, “Carrego Comigo” (2000), sobre gêmeos. “A Casa de Alice” participou de 63 festivais nacionais e internacionais, ganhou diversos prêmios e rendeu uma dezena de troféus à sua protagonista, a atriz Carla Ribas. E tocou fundo na sensibilidade dos que prestigiam filmes inventivos e com muito a dizer. Apesar das qualidades e da repercussão de “A Casa de Alice”, foram necessários mais cinco anos para Chico Teixeira conseguir realizar seu segundo longa, cujo nome provisório é “O Circo de Santo Amaro”. Neste filme, o realizador retoma seu tema preferido: as relações humanas. Desta vez, vistas pelo olhar de um adolescente envolto em seus conflitos (casa, família e, principalmente, a descoberta de sua sexualidade). O novo longa deve chegar aos festivais e ao público no ano que vem.

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