O cinema como foco de análise filosófico e estético

Mais um bom livro, recentemente lançado, é “Pensar o Cinema – Imagem, Estética e Filosofia” (Cosac Naify), organizado por Gerardo Yoel, que eleva o cinema como foco de análise filosófico e estético em seus ensaios, e não analisa propriamente os filmes em si, uma área já bastante explorada por críticos e cinéfilos, mas a posição do cinema enquanto arte que possibilita a análise do “pensamento” em seu significante.

As reflexões de ensaísticas de Alain Badiou, Vilém Flusser, Jacques Rancière, Harun Farocki e Gustavo Aprea exploram o cinema de várias formas, como experimentação filosófica em Deleuze, o papel da imagem em nossa cultura e como elemento histórico, assim como a representação da memória visual do genocídio e seu aparato bélico.

O livro é resultado de um seminário realizado na Universidade de Buenos Aires, em 2003, com ensaístas internacionais, como explica Ismail Xavier na introdução, cujas reflexões ganharam densidade nos anos 80, momento em que houve uma mudança de paradigmas da teoria cinematográfica francesa.

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