“Pardais” vence o Troféu Bandeira Paulista da Mostra

Nesta quarta-feira, 4 de novembro, ocorreu no CineSesc a cerimônia de encerramento e premiação da 39ª Mostra Internacional de Cinema, conduzida por Renata de Almeida, diretora da Mostra, e Serginho Groisman.

O júri internacional, composto por Geraldine Chaplin, Iván Wyszogrod, Luis Miñarro, Nathanaël Karmitz e Paulo Machline, premiou com o Troféu Bandeira Paulista de melhor filme o islandês Pardais, de Rúnar Rúnarsson.

Geraldine justificou a escolha dizendo que o longa é “muito bonito, devastador e poético”. “É uma história de amadurecimento em um mundo de brutalidade”, definiu a atriz. Rúnarsson, que esteve presente durante a Mostra, enviou um vídeo de agradecimento.

O júri ainda concedeu uma menção honrosa a Carta Branca, longa-metragem polonês de Jacek Lusinski, “pela leveza e otimismo com que trata um tema complexo” (o personagem principal tem um distúrbio genético que causa perda de visão).

O Prêmio do Público de Melhor Ficção Internacional foi para Sabor da Vida, da diretora japonesa Naomi Kawase. Quem recebeu foi Nathanaël Karmitz, diretor-gerente do grupo MK2, que destacou que o prêmio do público é um dos mais importantes.

O troféu de Melhor Documentário Internacional foi para Pixadores, de Amir Escandari. Um dos pixadores retratados pelo filme, Djan Ivson, recebeu o prêmio.

Na 39ª Mostra, a RT Features ofereceu o valor de R$ 15 mil para o Melhor Documentário e R$ 35 mil para o Melhor Longa de Ficção, ambos escolhidos pelo voto do público.

Na ficção, o ganhador foi Tudo que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado. O diretor relembrou a ocasião em que ganhou o prêmio do júri de Melhor Documentário, em 2011, na 25ª Mostra, com Onde a Terra Acaba.

Já Monstros do Ringue, de Marc Dourdin, foi eleito Melhor Documentário Brasileiro. O diretor destacou que o filme fez sua estreia na Mostra, um festival que considera “muito importante”.

Os Campos Voltarão, do italiano Ermanno Olmi, venceu o prêmio da crítica, com justificativa lida pelo crítico Luís Carlos Merten: “pela maestria com que o diretor orquestra som, tempo e natureza na composição de seu relato, e pela serenidade com que ele, inspirando-se em experiências de seu pai durante a 1ª Grande Guerra, reflete sobre a guerra como momento de ruptura da experiência, mas sem perder as esperanças”.

O Prêmio ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) para o melhor filme da Mostra Brasil de diretores em seu primeiro longa-metragem foi para o filme Aspirantes, de Ives Rosenfeld. Entre os quase 60 títulos brasileiros na mostra, 13 foram os longas assinados por diretores estreantes.

A Associação Autores de Cinema premiou como Melhor Roteiro o filme Pardais, escolha anunciada pelo roteirista Thiago Dottori.

Os filmes mais votados do Festival da Juventude também foram premiados na cerimônia. O troféu de Melhor Filme Internacional foi para o longa-metragem norueguês Beatles, de Peter Flinth. O Cônsul Geral da Noruega, em São Paulo, Cesar Bueno Garrubo, recebeu o prêmio.

Califórnia, de Marina Person, recebeu o Prêmio da Juventude de Melhor Filme Brasileiro. O Prêmio Humanidade deste ano foi dado ao diretor italiano Ermanno Olmi e ao documentarista chileno Patrício Guzmán, cujas mais recentes obras, Os Campos Voltarão e O Botão de Pérola, respectivamente, foram exibidas. Durante a Mostra, o prêmio Leon Cakoff foi entregue ao diretor José Mojica Marins.

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