Sesc SP apresenta Retrospectiva do Cinema Brasileiro em formato híbrido
De 9 a 30 de dezembro, a 22ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro apresentará ao público uma seleção da produção nacional lançada comercialmente entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Este ano, a mostra acontecerá em formato híbrido, com programação online e gratuita para todo o Brasil na plataforma Sesc Digital e sessões presenciais no CineSesc.
Promovida há 22 anos pelo CineSesc, a Retrospectiva do Cinema Brasileiro dá visibilidade à produção cinematográfica brasileira contemporânea através de um recorte que prioriza a diversidade de estilos, estéticas e linguagens.
A edição deste ano traz ao todo mais de 40 filmes, com destaque para “Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz, premiado documentário sobre o cineasta Hector Babenco; “Alvorada”, de Anna Muylaert, que acompanhou a rotina da então presidente Dilma Rousseff enquanto ela aguardava o resultado de seu processo de impeachment; “Pacarrete”, de Allan Deberton, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Filme, que conta a delicada história de uma bailarina idosa que vive no interior do Ceará; “Valentina”, de Cássio Pereira dos Santos, que acompanha as dificuldades de uma adolescente trans de 17 anos em uma cidade do interior de Minas Gerais; “Doutor Gama”, de Jeferson De, baseado na biografia de Luiz Gama, um dos personagens mais importantes da história brasileira, homem negro que utilizou as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos; entre outros títulos.
A programação online começa a partir de 10/12, com filmes exibidos gratuitamente para todo o país na plataforma Sesc Digital. Os títulos ficam disponíveis na série Cinema #EmCasaComSesc. Entre os longas-metragens estão os documentários “Atravesso a Vida”, de João Jardim, que retrata as angústias e os prazeres da adolescência, em entrevistas com alunos de escola pública, e “Proibido Nascer no Paraíso”, de Joana Nin, sobre as mulheres grávidas de Fernando de Noronha que são obrigadas a deixar a ilha para terem seus bebês, e as ficções “Mulher Oceano”, de Djin Sganzerla, que traz a história de uma escritora que se muda para o Tóquio e, instigada por sua experiência no Japão e a imagem de uma mulher nadando no mar, passa a escrever seu novo romance, sem saber que suas vidas se cruzarão e mudarão para sempre; “Homem Onça”, de Vinícius Reis, acompanha as mudanças na vida de Pedro, funcionário de uma grande empresa estatal que em breve será privatizada; e “Vento Seco”, de Daniel Nolasco, indicado ao Prêmio Teddy, no Festival de Berlim, que também conta com sessões no CineSesc, além de uma seleção de curtas-metragens.
A 22ª Retrospectiva exibe ainda a faixa especial Diversos 22 – Novas Percepções, uma das ações promovidas pelo Sesc São Paulo em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 22. A seleção traz títulos que, seja por suas propostas temáticas e/ou estéticas, questionam os padrões culturais vigentes e colocam em debate nossa identidade nacional, dialogando com o espírito disruptivo dos artistas Modernistas, provocando e revistando o debate iniciado em 1922 e que se mostra ainda atual e urgente. Entre os destaques estão “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, que propõe uma reflexão sobre identidades brasileiras possíveis no começo de século 21; “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi e o xamã Davi Kopenawa Yanomami, que traz o esforço dos povos indígenas em manter vivos os espíritos da floresta e suas tradições; “Carro Rei”, de Renata Carvalho, que constrói uma fantasia distópica para retratar a chegada da extrema-direita ao poder, entre outros.
A faixa especial Diversos 22 – Novas Percepções acontece exclusivamente de forma presencial no CineSesc. Confira a programação em sescsp.org.br/cinesesc.