O Trem da Utopia

O ponto de partida deste filme era a curiosidade de descobrir o espírito italiano de São Paulo, porém, o período em que as filmagens se realizaram em São Paulo, coincidiu com o período das eleições presidenciais de 2018.

Beth Sá Freire e Fabrizio Mambro estreiam na direção com um tema caro aos dois diretores. Nas ruas, um país dividido, com grande apreensão, e histórias que vão de tópicos como miséria, abuso e humilhação, fascismo, racismo e LGBTfobia. As filmagens na Itália se concentraram na Região da Emilia Romagna e, um ano depois, os realizadores, já impactados pela nova realidade brasileira que se instala no país, traçam paralelos com a memória nacional italiana do Período Fascista e da presença dos brasileiros na segunda Guerra Mundial.

O que pode haver de comum entre o Braz ou Bixiga e o Campo di Fiore, em Roma? Toda uma história de afeto que a gente não tem muito a dimensão.

Entre Ornella Vanone e Toquinho e Vinícius, quem alimentou quem? Tamanha naturalidade em que se incorpora uma coisa à outra. Uma cultura à outra.

O que há de comum entre Anita Garibaldi e Lina Bo Bardi? Uma história de amor entre um homem e a terra deste. Quero deixar minha marca de amor em sua terra linda, ela certamente deve ter falado, a Lina.

O Trem da Utopia é uma produção de Zita Carvalhosa, da Cinematográfica Superfilmes, coproduzida com a Itália pela Bluefilme. O projeto foi produzido com recursos do FSA e a distribuição no Brasil é da EH Filmes, com estreia em 12 de maio nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

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