Cara ou Coroa

O ano é 1971. A época era particularmente conturbada e complexa, tanto no Brasil como no resto do mundo. No Brasil, se por um lado havia uma ditadura que também em termos de moral e bons costumes defendia um estilo de vida conservador, por outro lado chegavam de várias partes do mundo novas formas de comportamento – cabelos enormes, vestimentas espalhafatosas e atitudes ultraliberais.

O filme faz um retrato que se pretende novo dessa época de contradições e percalços.  Época em que a resistência à ditadura também se expressava através do pequeno gesto significativo. A assinatura num abaixo assinado, uma pequena contribuição em dinheiro para um jornal alternativo, uma carta entregue a um parente de exilado, um fugitivo escondido em casa por dois dias, etc. É uma resistência aparentemente modesta, que nunca mereceu destaque em qualquer filme. Mas foi a resistência da maioria, e todos os que viveram a época sabem avaliar como era perigosa e quantos riscos envolvia. Mas o que eram riscos para quem era jovem e belo?

CARA OU COROA acompanha a trajetória de Getulio e João Pedro, irmãos, diferentes entre si, mas, cada um à sua maneira, envolvidos com o meio teatral da cidade, em 1971. Na sua vertente mais intimista e pessoal o filme segue a história de amor de Getulio e Lílian, neta de um general do exército, agora na reserva.

Com Emilio de Mello, Julia Ianina, Geraldo Rodrigues, Otávio Augusto e Walmor Chagas no elenco, o filme, dirigido por Ugo Giorgetti, entra em cartaz no dia 07 de setembro nos cinemas, com distribuição da Vinny Filmes.

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