Malditanimação

A animação brasileira vive momento promissor. Nos últimos três anos, o Festival de Annecy, na França, meca do gênero, premiou os longas “Uma História de Amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi (2013), e “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu (2014). Este ano, o curta “Guida”, de Rosana Urbes, recebeu o prêmio da crítica e de melhor opera-prima (filme de estreante). O Prêmio Platino elegeu “O Menino e o Mundo” como a melhor animação ibero-americana, em Marbella, na Espanha. Durante o Anima Mundi, em julho último, a ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação) lançou manifesto em defesa de políticas públicas para o curta animado, definido como “formato que oxigena ideias, ao permitir pesquisa e experimentação de linguagem como arte plena e livre”. Os editais de longa-metragem têm apoiado as animações. A Associação quer que o apoio seja dado também aos curtas.

Para completar o bom momento vivido pela nossa animação, o cineasta mineiro Sávio Leite está lançando o livro “Malditanimação Brasileira”, pela editora Favela É Isso Aí. No volume anterior, ele registrou a animação de MG. Agora, o alcance do livro é nacional. O nome se deve à irreverência da “animação underground”, vertente a qual o cineasta se filia. Parentes do cartum e da história em quadrinho, Sávio e companhia têm nos festivais Mumia e Anima Mundi suas vitrines. Em “Malditanimação”, os leitores encontrarão artigos de vários realizadores (Quiá Rodrigues, Patrícia Alves Dias, entre outros) e entrevistas de animadores respeitados como Otto Guerra, Wilson Lazaretti, Allan Sieber e César Cabral.

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