Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil

“Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, documentário de Belisário Franca, acompanha a pesquisa do historiador Sidney Aguilar, que descobriu que, durante os anos 1930, 50 meninos negros foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para uma fazenda no interior de São Paulo, onde foram submetidos a trabalho escravo e identificados por números. No filme, Aloísio Silva (o “menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida (o “Dois”), revelam suas histórias pela primeira vez.

A investigação de Aguilar começou quando em uma de suas aulas sobre Segunda Guerra Mundial, uma aluna contou que na fazenda onde morava, havia tijolos marcados com a suástica nazista. A pesquisa do historiador foi consolidada na tese de doutorado Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância no Brasil (1930-1945), defendida em 2011, na Unicamp, e premiada pela Capes. No mesmo ano, a equipe de pesquisadores da Giros confirmou que aquela história merecia um documentário.

O filme teve sua pré-estreia mundial na Mostra Competitiva Ibero-Americana de Longas-Metragens do 26º Cine Ceará, em Fortaleza, onde foi premiado nas categorias de Melhor Montagem e Melhor Roteiro. O filme também foi selecionado para o Festival Encounters, na África, e exibido em Johannesburg e Cape Town, em junho.

“Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, uma produção da Giros, tem coprodução da Globo Filmes, Globo News e Canal Brasil, e patrocínio do BNDES. A distribuição é da Elo Company. O filme estreia dia 7 de julho.

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