Mostra sobre Ingmar Bergman percorre o país, em comemoração aos 10 anos do CineSesc
O CineSesc completa uma década de existência e inicia a temporada de 2018 levando ao público a obra de um dos mais celebrados nomes da sétima arte: Ingmar Bergman. A Mostra O Lobo à Espreita, uma homenagem ao centenário do cineasta, faz parte do acervo que circulará pelo país, junto com outras renomadas produções, como o filme Joaquim, do diretor Marcelo Gomes, que abre a programação comemorativa no dia 10 de agosto, no Centro Cultural Sesc Glória, em Vitória (ES).
Anualmente, o CineSesc licencia 40 filmes que são exibidos nas unidades da Instituição durante 2 anos. O acervo passa por 300 municípios, em 26 Estados brasileiros. Em uma década, cerca de 3 milhões de pessoas foram beneficiadas pela iniciativa. A seleção é feita por um grupo de curadores, que seleciona títulos nacionais e estrangeiros, dentro da ideia de produções que não têm muito espaço nos circuitos comerciais, como forma de difundi-las e fazer com que cheguem a públicos com pouco acesso a tais obras. A maioria dos filmes selecionados faz parte de uma cinematografia recente, com uma média de 2 a 3 anos de lançamento.
Entre os selecionados do CineSesc este ano estão os premiados “Era o Hotel Cambridge” (melhor filme na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2016 e melhor filme/melhor montagem/Prêmio da Crítica no Festival Internacional do Rio de Janeiro 2016); “O Desejo da minha Alma” (melhor filme na seção Geração Kplus do Festival de Berlim 2014); “Fátima” (vencedor do César 2016 — o mais importante prêmio do cinema francês); além de “Tangerine”, destaque na mídia por ter sido filmado inteiramente com smartphones e premiado no Festival do Rio com o troféu Felix de melhor filme; e “Com Amor, Van Gogh”, que disputou o Oscar de melhor animação em 2018.
Centenário de Ingmar Bergman
Neste ano, o cineasta sueco Ingmar Bergman completaria cem anos. Filho de um pastor luterano, teve uma educação rigorosa e autoritária que marcou significativamente sua trajetória como homem e artista, contribuindo para que se tornasse um dos grandes ícones, não só do cinema como da cultura mundial do século 20.
Além de cineasta, Bergman foi diretor de teatro, diretor de companhia teatral e de filmes feitos para a televisão. Seu legado para as artes é inquestionável e a profundidade de seus filmes reconhecida inclusive pelos críticos mais exigentes.
Da mostra do Sesc fazem parte nove títulos da extensa filmografia de Ingmar Bergman: O Sétimo Selo (1956), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), A Hora do Lobo (1968), Vergonha (1968), Face a Face (1976), Sonata de Outono (1978), Fanny & Alexander (1982) e Na Presença de um Palhaço (1997).