Jorginho Guinle – $ó se Vive uma Vez
O filme Jorginho Guinle – $ó se Vive uma Vez, dirigido por Otávio Escobar, estreia nesta quinta-feira, dia 21 de março, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com distribuição da Pandora Filmes.
Jorge Eduardo Guinle, mais conhecido como Jorginho Guinle, foi um dos personagens mais emblemáticos da história da sociedade brasileira e tem uma cadeira cativa no imaginário do brasileiro que ouviu falar de suas aventuras.
Herdeiro de uma das famílias mais ricas do Brasil, no início do século XX, Jorge Guinle decidiu, desde moço, que não trabalharia um dia sequer na sua vida. Homem culto, generoso e encantador, Jorginho, viveu no luxo e na riqueza. Teve algumas das mulheres mais desejadas do seu tempo, como Marilyn Monroe, Heddy Lamarr, Kim Novak, Rita Hayworth e Jayne Mansfield, conheceu os políticos mais influentes, viveu permanentemente cercado de luxo, riquezas e não trabalhou nem um dia sequer. E, talvez, por isso, morreu, em 2004, na miséria, aos oitenta e oito anos, por um erro de cálculo: não imaginou que ficaria tanto tempo sobre o planeta.
O diretor Otávio Escobar, da Pró-Digital, recriou no filme cenas em dramaturgia em cenários belíssimos, como o Palácio Laranjeiras e o Copacabana Palace, selecionou imagens de arquivos do carnaval carioca dos anos 50 e de grandes estrelas de Hollywood, com trechos de clássicos do cinema, como Rita Hayworth em Gilda, Louis Armstrong em Five Pennies – onde Jorge Guinle aparece numa ponta –, além de takes dos bastidores dos filmes, do Porto de Santos dos anos 20 e adicionou depoimentos dos filhos, amigos e da ex-mulher, que resultaram em um filme divertido, combinando as linguagens da dramaturgia e do documentário.
No papel de Jorge Guinle está o ator Saulo Segreto; Leticia Spiller vive a governanta da família, Fraulei Emy, e Guilhermina Guinle recria sua bisavó, Guilhermina. Os musicais de abertura e encerramento têm arranjos do maestro Guto Graça Mello e a trilha sonora vai do melhor estilo big bands dos anos 40 e 50 ao clássico Maurice Ravell, sublinhando o auge e a decadência da vida do playboy.