Virar Mar

Partindo de um estudo no âmbito das ciências econômicas, os cineastas Danilo Carvalho e Philipp Hartmann constroem em “Virar Mar” (“Meer Werden”), um filme experimental e poético que discute a sustentabilidade – especialmente a hídrica – de maneira contundente e relevante para os tempos atuais. O longa, que combina documentário e ficção, é o novo lançamento da Sessão Vitrine, que chega aos cinemas em 28 de julho, com ingressos a preços reduzidos, nas cidades Aracaju, Balneário Camboriú, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Alemanha e Brasil, os dois países que produzem o filme, são os cenários dessa investigação. Na região de Dithmarschen, em breve, deixará de valer a pena construir diques cada vez mais altos para tentar contrariar o aumento do nível das águas do mar, resultante das alterações climáticas.

No sertão brasileiro, a situação é oposta, mas compartilhando da mesma causa: as secas periódicas, e, cada vez mais duradoras, também são resultado das mudanças no clima.

Encontrando ressonâncias na mitologia, combinando cenas documentais, nas duas regiões, encenações e um filme dentro do filme, “Virar Mar” aborda a sustentabilidade, estabelecendo, mais do que um diálogo entre os dois países e suas situações, ao mesmo tempo, contrastantes e semelhantes, uma indagação filosófico-estética sobre o estado do mundo e a destruição da natureza pelo capitalismo.

Hartmann partiu de sua tese de doutorado em Economia Ambiental e, no filme, conta que, tanto ele quanto Carvalho, estavam “cientes de que uma mera análise de custo e benefício representa naturalmente apenas um entre vários outros critérios de decisão, quando se visa criar uma política hídrica e ambiental que seja sustentável, nos ocupamos neste filme ainda do valor da água, numa abordagem que cientificamente é talvez menos palpável, mas que coloca as perguntas num plano mais existencial.”

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