Casa Firjan homenageia cinema e indústria criativa ao inaugurar Sala Luiz Carlos e Lucy Barreto

Foto: Os filhos de Lucy e Luiz Carlos Barreto, Bruno e Paula, posam ao lado dos pais e da gerente de desenvolvimento e inovação da Casa Firjan, Cristiane Alves © Paula Johas

Dar o nome do casal Luiz Carlos e Lucy Barreto a uma sala na Casa Firjan é homenagear o cinema, a inovação e a criatividade do brasileiro, afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, na inauguração do novo espaço, na noite de quarta-feira, 08/11.

A sala, que fica no andar térreo da casa principal, terá uma programação diversa, sempre voltada para inovação e tendências, de acordo com a missão da Casa Firjan de estimular a criatividade e apontar caminhos da nova economia. As poltronas instaladas na Sala Lucy e Luiz Carlos Barreto vieram da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, lembrou o presidente da Firjan, que adquiriu o mobiliário em leilão, há alguns anos.

Lucy Barreto afirmou que a sala realiza um sonho de seu marido, Luiz Carlos, quando, há 30 anos, o casal precisou se desfazer de um imóvel para acompanhar a crise econômica e não tinha mais onde projetar filmes. Já o produtor Luiz Carlos Barreto recordou um artigo assinado por Eduardo Eugenio tratando da economia criativa. “O texto, publicado no Jornal do Brasil, despertou a consciência de que a produção cultural não é simbólica, mas tem um valor econômico, sobretudo a cinematográfica, gerando não apenas empregos, mas ideias, refletindo como espelho os hábitos, comportamentos e costumes da sociedade”, afirmou.

Representando o prefeito Eduardo Paes, Marcelo Calero, secretário municipal de cultura da Prefeitura do Rio, enfatizou a importância da indústria cultural, um setor que tem representatividade econômica, além de fomentar criatividade e inovação. Da inauguração participaram muitos amigos do casal, ligados à indústria cinematográfica, seus filhos – a produtora Paula e o cineasta Bruno Barreto, um dos diretores de maior destaque no cinema nacional, à frente de títulos como “Dona Flor e seus Dois Maridos” e “O que é isso, Companheiro?” –, além de netos e bisnetos.

O cearense Luiz Carlos Barreto foi jornalista antes de escrever o roteiro, com Anselmo Duarte, de “O Pagador de Promessas”, que conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962. Ao lado da mulher, Lucy, produziu mais de 80 filmes nacionais de sucesso de crítica e público, como “Bye Bye Brasil” (1979), de Cacá Diegues, e “Memórias do Cárcere” (1983), de Nelson Pereira dos Santos.

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