2ª edição do Claro Festival Curta! Documentários distribuirá mais de R$ 100 mil em prêmios

Foto: “Floresta, Onde a Terra Respira”

Com exibição gratuita de mais de 100 conteúdos, entre filmes e episódios de séries nas temáticas de Artes e Humanidades, a Mostra Competitiva da segunda edição do 2º Claro Festival Curta! Documentários começou no dia 10 junho e seguirá aberta ao público até 10 de julho. O festival este ano disponibiliza ao público 170 conteúdos em três mostras e vai distribuir mais de R$ 100 mil em prêmios.

Com o intuito de ampliar a difusão audiovisual, filmes e séries que estrearam recentemente na TV paga serão disponibilizados gratuitamente por 30 dias para audiência e votação pelo público via internet. As cinco produções mais votadas em cada categoria da Mostra Competitiva serão as indicadas para apreciação pelo júri oficial, que decidirá os premiados. Para assistir e votar nos filmes, o público deverá acessar o site www.festivalcurtadocs.com.br.

Entre os jurados da Mostra Competitiva já confirmados estão o crítico de arte Paulo Sergio Duarte, o psicanalista Christian Dunker, a atriz Marieta Severo, a diretora Viviane Ferreira e a diretora do grupo Estação de Cinema Adriana S. Rattes.

As duas outras mostras, Internacional e a Brasileiros do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), terão sua premiação indicada diretamente pelo voto popular. O festival apresenta também uma intensa programação de atividades presenciais.

Estão programados uma masterclass com a documentarista Susana Lira (que dirigiu 18 longas-metragens e dezenas de curtas e séries, acumulando 120 prêmios) e quatro sessões Salas de Montagem, nas quais filmes inéditos, ainda em fase final de montagem ou finalização, serão apresentados por seus diretores e montadores que, na sequência, conversam com o público formado por estudantes de cinema, cinéfilos e profissionais interessados, simulando as “cabines” de cinema fechadas para imprensa e exibidores.

O festival promoverá, ainda, três painéis de debates sobre política do audiovisual, coordenados por Alfredo Manevy, diretor de um dos filmes em destaque na competição — “Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor” — e, entre 2006 e 2010, atuou no MinC como Secretário de Políticas Culturais e, depois, como Secretário Executivo da pasta. Hoje é membro do Conselho Superior de Cinema.

Os painéis planejados são: a. Atualização sobre a tramitação no Congresso do Projeto de Lei de regulação do streaming, possivelmente com a presença do próprio deputado Andre Figueiredo, relator do PL; b. A relevância e a sustentabilidade dos canais super brasileiros previstos no sistema de fomento e difusão estruturado pela Lei 12.485 (Lei da TV Paga) – seus dilemas atuais; e c. Possibilidades atuais e demandas de setores da indústria para intensificação das oportunidades de coprodução internacional (também para projetos de televisão).

Os eventos presenciais terão lugar no complexo de salas Estação Net Rio (Botafogo), na última semana de julho. Os ingressos são gratuitos, mas com lugares limitados, devendo ser reservados através do Sympla, a partir de data a ser divulgada pelo festival.

Estudantes, profissionais e interessados registrados para participar dos eventos presenciais poderão solicitar Certificados de Participação e os receberão, após os eventos, pelo email cadastrado.

O encerramento do 2º Claro Festival Curta! Documentários reunirá o júri, profissionais dos conteúdos participantes concorrendo e convidados, em uma cerimônia de premiação no complexo de cinemas Estação Net Gávea, na primeira semana de agosto, com transmissão ao vivo pelo YouTube. O patrocínio é da Claro através da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura.

Dois prêmios adicionais serão oferecidos pelo site CurtaEdu, na forma de prêmios aquisição, aos dois conteúdos brasileiros que apresentem maior potencial para uso em projetos pedagógicos com alunos do ensino médio, no valor de R$10 mil, cada prêmio. Os vencedores serão escolhidos por um comitê pedagógico vinculado ao projeto Claro Documentários para o Enem, que oferecerá acesso a um catálogo de documentários para até 200 escolas e 250 mil alunos da rede pública inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2024, ação de difusão audiovisual também patrocinada pela Claro.

Produção recente com acesso gratuito

No extenso cardápio da Mostra Competitiva estão, por exemplo, no campo das artes visuais, os filmes mais recentes sobre Adriana Varejão, Daniel Senise e Guignard. Na pauta musical, o público terá acesso às biografias de Dolores Duran, Chiquinha Gonzaga e Lupicínio Rodrigues, entre outros. Revisitando a História, encontraremos “Leopoldina do Brasil”, “1968 – Um Ano na Vida” e “Fake News”. Há séries sobre os bastidores do cinema, como “Diretores de Arte”, de Flavio R. Tambellini, e do teatro, como “Companhias do Teatro Brasileiro”, de Roberto Bomtempo. Dança, artes gráficas, design, memória, pensamento e todos os orixás do candomblé enriquecem a programação.

A Mostra Internacional, com 67 conteúdos selecionados pela equipe de curadoria do canal Curta!, disponibilizados na rede a partir do dia 17 de junho, conta com obras como “George Harrison: Living in the Material World”, “Viagem Através do Cinema Francês”, com Bertrand Tavernier, “Van Gogh, a Criação de um Mestre”, “Beatles – Behind the Lyrics”, “Cannabis: A História Através dos Tempos” e “Mussolini, o Primeiro Fascista”.

Já a Mostra Brasileiros com FSA está composta por obras realizadas por produtoras brasileiras, com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), para estreia em diversos canais brasileiros independentes, que serão disponibilizadas a partir do dia 24 de junho, tendo como destaques “Gerson King Combo”, da Giros, “Meu Amigo Fela”, da O2 Produções, “Mães da Terra”, da Caliban Filmes e “Floresta, Onde a Terra Respira”, da Plural Filmes.

Sessões Sala de Montagem

As sessões Sala de Montagem exibirão filmes muito aguardados, mas ainda não finalizados, em uma primeira apresentação por seus diretores e/ou montadores. Os quatro filmes já confirmados são:

“Cazuza, Boas Novas”, com direção de Nilo Romero (também baixista e arranjador de discos icônicos de Cazuza) e montagem de Jordana Berg (montadora de vários filmes de Eduardo Coutinho), “Paraiso”, o novo longa da diretora Ana Rieper — um documentário sobre as heranças da condição colonial brasileira na vida diária hoje, a partir de uma narrativa musical e do uso de material de arquivo de naturezas diversas —, com montagem de Pedro Bronz.

E ainda “Canecão – Tantas Emoções”, de Bruno Levinson com montagem de Tuco (João Lourenço) e “O Brasil que Não Houve – As Aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas”, de Renato Terra (“Uma Noite em 1967”) e Arnaldo Branco, com pesquisa de imagens de Antônio Venâncio e montagem também de Jordana Berg.

Todos os conteúdos brasileiros participantes do festival receberam financiamento pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O FSA é abastecido pela Condecine (contribuição sobre receitas do próprio setor audiovisual, para o desenvolvimento da indústria nacional). Os maiores contribuintes são as empresas de telecomunicações (94%), pelo menos enquanto as empresas globais de streaming não passam a também contribuir para o fomento da indústria nacional, como já acontece na maioria dos países europeus.

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