TV Brasil estreia o seriado “Dias de Luta”, sobre datas nacionais históricas
A TV Brasil exibe a série documental inédita “Dias de Luta” a partir desta quinta (13/02), às 23h. Com cinco episódios de 26 minutos, a produção independente se aprofunda na reflexão sobre datas que moldaram a história do país. Da assinatura da Lei Áurea ao Dia do Samba, a obra goiana busca refletir sobre o significado de acontecimentos relevantes para a população negra brasileira.
O seriado traça um panorama sobre diversos dias comemorativos, destacando que essas datas existem para que a sociedade possa lembrar. Batalhas, guerras, leis e aniversários são temas geralmente indicados. “Dias de Luta” aborda o contexto no pós-pandemia de Covid-19.
Para analisar como esses fatos marcaram a vida dos negros no Brasil, a série traz depoimentos de convidados como o cineasta André Novais de Oliveira, a deputada federal Erika Hilton, o babalaô Ivanir dos Santos, a historiadora Keilla Vila Flor, a estilista Naya Violeta, a pesquisadora Nutyelly Cena, o produtor cultural Raphael Gustavo, entre outros.
Idealizada por Gabriel Newton, que assina o roteiro e a direção dos documentários, a série foi realizada pela produtora Estratos Filmes, de Goiás, por meio do edital Prodav TVs Públicas, do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
A edição de estreia do seriado investiga o racismo no Brasil, abordando o 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, e o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
A proposta é discutir como a percepção distorcida da história pode ser revisitada para promover uma comemoração mais alinhada com os valores da população negra brasileira. As entrevistadas Érika Hilton e Keilla Vila Flor e Nutyelly Cena oferecem perspectivas valiosas sobre o tema.
O segundo programa de “Dias de Luta” tem como foco o 28 de Setembro, o Dia da Lei do Ventre Livre, para debater a representação do corpo da mulher negra na sociedade contemporânea. Érika Hilton, Keilla Vila Flor, Nutyelly Cena, Rosana Silva e Camila Nunes oferecem suas contribuições sobre o assunto. Cada uma delas compartilha experiências e visões como mulheres negras no Brasil atual.
No terceiro episódio, o 21 de Janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, pauta a produção documental, que questiona como essa intolerância afeta predominantemente as religiões de matriz africana. O babalaô Ivanir dos Santos conduz uma análise a respeito de uma compreensão profunda sobre as especificidades da intolerância religiosa no país.
A quarta edição tem a participação de especialistas como o cineasta André Novais de Oliveira e o produtor cultural Raphael Gustavo. A partir da celebração do Dia do Samba, em 2 de Dezembro, o seriado trata das diversas expressões culturais e artísticas da população negra brasileira que transcendem o convencional, ocupando espaços em que tradicionalmente não se espera a presença negra.
No quinto e último programa, a série propõe uma reflexão sobre o futuro. O que aguarda a população negra brasileira. Os desafios que essa parcela significativa da população encara entra em pauta. As estratégias de resistência e sobrevivência diante das adversidades contemporâneas são apontadas.