Versão restaurada de “Iracema – Uma Transa Amazônica” e “As Cores e Amores de Lore” têm sessões gratuitas no CineSesc
“Iracema – Uma Transa Amazônica” (foto) e “As Cores e Amores de Lore”, filmes dirigidos pelo cineasta Jorge Bodanzky, ganham sessões gratuitas esta semana, no Cinesesc, em São Paulo, nos dias 22 (às 20h30) e 23 de abril (às 20h), respectivamente.
A obra semidocumental “Iracema – Uma Transa Amazônica”, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, distribuída no Brasil pela Gullane+, será exibida em sua versão restaurada. A restauração, ocorrida na Alemanha, contou com a coordenação técnica de Alice de Andrade e com o apoio do CTAV, Mnemosine, IMS, PUC Rio, Instituto Guimarães Rosa e da Cinemateca Brasileira.
Lançado originalmente em 1974, o longa é um drama documental que combina realidade e ficção para narrar os impactos sociais e ambientais da construção da Rodovia Transamazônica. A história acompanha Iracema (Edna de Cássia), uma jovem de 15 anos que, ao chegar a Belém para o Círio de Nazaré, é tragada para a prostituição e passa a viajar com o caminhoneiro Tião Brasil Grande. Enquanto ele encarna a crença no progresso prometido pela ditadura militar, ela representa os marginalizados dessa época, em uma trama que denuncia as consequências da exploração na Amazônia.
Proibido no Brasil até 1981, o filme entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Já no dia 23 de abril, às 20h, será exibido o documentário “As Cores e Amores de Lore”, seguido de debate com o cineasta Jorge Bodanzky e a psicanalista e escritora Bianca Dias.
O filme, distribuído nos cinemas pela Embaúba, traz um olhar profundo e sensível sobre a vida e a obra da pintora alemã Eleonore Koch, e promete revelar as emoções e complexidades por trás da produção artística de uma das mais importantes pintoras da arte contemporânea brasileira.
A narrativa é construída a partir de uma série de encontros íntimos entre o diretor e Lore. De caráter profundo e pessoal, a obra revela aspectos inéditos da personalidade e das ideias de Lore, com imagens que capturam conversas longas e depoimentos valiosos.
Antes de seu falecimento em 2018, Lore confiou ao diretor Bodanzky a tarefa de concluir o filme, entregando-lhe suas memórias: fotos, cartões-postais, cadernos de estudos, cartas e quatro décadas de diários (1976-2011), que abordam sua pintura, vida cotidiana e amorosa. Com base nesse rico material, o filme vai além de uma biografia, explorando seus últimos anos de vida e revelando seus pensamentos sobre sexualidade, independência, amadurecimento, trabalho, solidão e felicidade.
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