Memória do Esporte Olímpico Brasileiro realiza encontro com os vencedores da 3ª edição

Nos dias 16 e 17 de dezembro, os representantes das nove produções contempladas pela seleção pública do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro participarão de um encontro temático para discutir conteúdo de esporte, cultura e memória. O evento, fechado para convidados, será realizado no auditório da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, e tem como objetivo promover o debate entre as produtoras finalistas do edital ano III e os especialistas nos temas.

O III Encontro Temático Esporte, Cultura e Memória estará disponível, após o evento, no site www.memoriadoesporte.org.br. A programação conta com palestras dos jornalistas Juca Kfouri e José Trajano; dos atletas do vôlei William e Montanaro; da atleta paraolímpica Terezinha Guilhermina e do seu guia Guilherme Santana; da fundadora do Museu da Pessoa, Karen Worcman; da pesquisadora Katia Rúbio; e do roteirista Newton Cannito, além dos profissionais que falarão sobre procedimentos legais para a viabilização dos filmes.

O Memória do Esporte Olímpico Brasileiro busca resgatar a história dos atletas que representaram o Brasil em eventos olímpicos mundiais. Realizado pelo Instituto de Políticas Relacionais, o projeto é patrocinado pela Petrobras, ESPN e EBrasilenergia e tem o apoio da ABPITV, Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Cinemateca Brasileira. Memória do Esporte Olímpico Brasileiro está com sua continuidade garantida até as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro.

Os documentários selecionados no edital deste ano foram:

1) Até Fidel se rendeu à rainha (SP)
Direção: Rubens Arnaldo Rewald
Produtora: Confeitaria de Cinema Comunicações Ltda

Hortência e Paula, duas das maiores jogadoras de basquete de todos os tempos no mundo, fizeram parte da mais vitoriosa geração do basquetebol feminino do Brasil. Contar a história das duas, e da incrível geração que jogou com elas e fez história pela seleção brasileira feminina de basquete nos anos 90, é o objetivo do documentário Até Fidel Se Rendeu À Rainha.

2) A Corrida pela Liberdade na Berlim de Hitler: o Duelo do Atletismo do Brasil em sua Primeira Final em uma Olimpíada (SP)
Direção: Marcelo Rodrigo Mingotti Müller
Produtora: Filmes Mais Ltda

A Olimpíada de Hitler queria provar ao mundo a supremacia ariana. O Brasil chega à Berlim quase impedido de participar, por conta de disputa política interna. Neste cenário adverso JozsefKovacs, recordista europeu e favorito ao ouro nos 400m com barreiras, desdenha de Sylvio de Magalhães Padilha no vestiário, dizendo que não perderia de um país de macacos. Essa é a história do duelo ideológico e vitória de Padilha sobre Kovacs, se tornando o 1º brasileiro finalista em atletismo numa Olimpíada.

3) Szabo! (RJ)
Direção: Marcos Ribeiro
Produtora: Indiana Produções Cinematográficas

O filme vai contar a história da participação brasileira de Pólo Aquático nas Olimpíadas, e de como o maior jogador de todos os tempos, o húngaro naturalizado brasileiro Alador Szabo, o herói do pólo aquático nacional, é o responsável pela formação da identidade do jogador brasileiro, calcada na virilidade, na força e na valentia.

4) O Nadador – A História de Tetsuo Okamoto (PR)
Direção: Rodrigo Souza Grota
Produtora: Kinopus Audiovisual Ltda

Documentário com abordagem parcialmente de ficção, que parte do mundo dos esportes para falar de outros temas, usando o relato documental para investigar sons e imagens, para resgatar a memória de um dos maiores atletas da natação brasileira. Um filme sobre o azul, o verde, o desgaste e o silêncio.

5) Bete do Peso (SP)
Direção: Kiko Mollica
Produtora: KM 70 – Cultura, Arte e Comunicação Ltda

Maria Elisabete Jorge, conhecida como “Bete do Peso”, foi a primeira halterofilista a defender o Brasil em uma Olimpíada. Esse esporte, presente nos Jogos Olímpicos desde o início das competições na Era Moderna, só incluiu a participação feminina em 2000. Divulgar essa modalidade pouco reconhecida no país e resgatar a história dessa brasileira de origem humilde, que chegou à Sydney aos 43 anos de idade e utilizou o esporte para ultrapassar fronteiras sociais, é a proposta do projeto.

6) 5 X Yane (RJ)
Direção: Renata Almeida Magalhães
Produtora: Luz Mágica Produções Audiovisuais Ltda

Documentário sobre Yane Marques, pentatleta brasileira que surpreendeu com o bronze em Londres. O feito revelou-a ao público e trouxe à tona um esporte pouco conhecido no Brasil. Para narrar esta história, o filme vai abordar duas temáticas: o pentatlo moderno e a medalhista. Yane e o pentatlo sintetizam o espírito do atleta brasileiro junto à memória do esporte olímpico. Tema que une originalidade, tradição esportiva e a imprevisibilidade da competição.

7Saltando Barreiras – Wanda dos Santos (SP)
Direção: Cleisson Vidal
Produtora: Memoria Viva

A trajetória da barreirista Wanda dos Santos, da infância humilde em São Paulo à consagração Olímpica. Aos 78 anos, Wanda segue em atividade, disputando competições de veteranos e treinando outros atletas. O documentário acompanhará sua rotina, relembrando sua trajetória a partir da primeira medalha em competições até chegar às Olimpíadas de Helsinque (1952) e Roma (1960), superando o racismo. Uma vida de superação constante, traduzida em novos títulos e recordes, mesmo na terceira idade.

8) 1932 – As incríveis histórias de um navio fantasma (SP)
Direção: Gustavo Rosa de Moura
Produtora: RM Produções Artísticas Ltda

Los Angeles, 1932. Em meio à Grande Depressão, a terra do cinema prepara-se para sediar uma Olimpíada dos sonhos. Mas, longe dos holofotes, uma delegação tropical faz de tudo para entrar em cena. Viagem em um navio carregado de café, falta total de recursos, despreparo técnico e emocional, esforço sobre-humano de superação: eis alguns dos destaques. Uma comédia, um drama, um épico, quase uma ficção científica; não há dúvidas de que a saga brasileira supera qualquer produção hollywoodiana.

9) As Lutas de Adriana (BA)
Direção: Alberto Iannuzzi
Produtora: Sereia Filmes Ltda

As Lutas de Adriana abordar a carreira da 1ª mulher brasileira a ganhar medalha olímpica no boxe: a baiana Adriana Araújo. O documentário focará não só na célebre luta que a conduziu ao bronze em Londres 2010 ao vencer a marroquina OubtilMahjouba mas também em outras duas lutas: a primeira delas foi sair de uma comunidade carente e vencer pelo esporte. A segunda luta foi contra o preconceito por praticar um esporte predominantemente masculino. Venceu ambas.

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