Marcela Lordy dirige “Ser o que se É”

Marcela Lordy, que está preparando seu primeiro longa-metragem (“O Livro dos Prazeres”, livre adaptação de “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector), voltou a trabalhar com a atriz Martha Nowill (de “Vernelho Russo” e “Domingo”), protagonista de seu trabalho anterior, “Aluga-se”. A nova parceria se deu em filme que está bombando na internet “Ser o que se É”. Trata-se de sintético curta-metragem, criado a partir de carta viral (“Querida Garota do Maiô Verde”), escrita pela espanhola Jéssica González.

“Ser o que se É” virou, como sua matriz, um fenômeno digital. No mês de outubro (2018), foi exibido em 271 complexos cinematográficos, antes dos longas-metragens que compunham programação normal e, na internet, atingiu quase 5 milhões de views em menos de cinco semanas.

O curta-metragem dura apenas sete minutos e foi realizado pela Maria Farinha Filmes, produtora especializada em projetos de conteúdo social preferencialmente edificante. A principal locação do curta (uma praia de São Sebastião, no litoral paulista) ambienta trama que respeita a essência da carta espanhola que causou furor no espaço digital.

Marcela Lordy lembra que o tema de “Ser o que se É” é “hiper-feminino e contemporâneo”, por tratar da “aceitação do corpo”, tenha ele que medidas tiver. A trama inicia-se com a imagem de uma mulher (Martha Nowill), mãe de duas crianças, sentada numa cadeira de praia, enquanto os filhos brincam na areia. Ao olhar para o lado, ela vê um grupo de jovens (incluindo uma adolescente de corpo escultural) preparando-se para entrar no mar. Mas uma garota tímida (Alana Oliveira), e sem as medidas padrão da colega, se retrai e não tem coragem de tirar a roupa para, de maiô (verde), ir nadar com a turma.

A mulher adulta, que também usa maiô verde, participa de um jogo de espelhos com a jovem. Ela também se sentiu, em outros momentos, em descompasso com os rigorosos padrões de beleza feminina.

O roteiro – detalha Marcela Lordy – “foi escrito em parceria com a argentina Josefina Trotta, recriando com liberdade, a carta de Jéssica González”. Para realizar “Ser o que se É”, a diretora convocou profissionais reconhecidos, como o montador Paulo Sacramento, a fotógrafa Janice D’Avila, a diretora de arte da Fernanda Carlucci e o músico Edson Secco, que assina a trilha sonora original. Quem quiser ver o curta, acesse: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=-o-UzkM2RDo.

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