Santos Film Festival exibe cinebiografia de Silvio Tendler

Por Maria do Rosário Caetano

“Nas Asas da Pan Am”, deliciosa, irônica e aliciante cinebiografia de Silvio Tendler, é uma das principais atrações do Santos Film Fest, que realiza sua sexta edição a partir dessa terça-feira, 22, e prossegue até 29 de junho.

Serão exibidos – gratuitamente e on-line, com raras sessões presenciais – 88 filmes, ao longo dos oito dias de duração desse jovem festival que vem firmando-se como significativa vitrine da produção brasileira.

Como faz desde sua primeira edição, o festival caiçara, “o maior do litoral paulista”, optou por tema da hora – “Superação: a arte ultrapassando limites sociais, físicos, mentais, geográficos e pandêmicos”. Ou seja, o evento colocou suas antenas em sintonia fina com a criação artística, bálsamo contra a crise sanitária provocada pelo coronavírus.

Na lista de convidados do Santos Film Fest estão os atores Sérgio Mamberti, Ondina Clais e Luciano Quirino, o escritor Ferréz, as cineastas Angela Zoé, Camila Katter e Julia Katharine (esta a primeira realizadora trans brasileira), que se somarão a Lufe Steffen, Liz Reis, Tamirys O’hanna, Jacque Cortez, Daniel Veiga e Elder Fraga.

O jornalista Luiz Carlos Merten, da equipe do Estadão, será um dos homenageados por sua trajetória como crítico e pesquisador de cinema. Dois cineastas – a paulista Andrea Pasquini e o capixaba Rodrigo Aragão – também serão motivo de homenagem. Ela é autora de “Os Melhores Anos de nossas Vidas”, “Sempre no meu Coração”, “Fiel” (sobre o Corinthians, claro!) e “Homem Centenário”. Ele é um dos mais persistentes cultores do gênero terror no Brasil envolvido em produções como “Mangue Negro”, “A Noite do Chupacabras, “Mar Negro”, “Mata Negra” e “As Fábulas Negras”.

No terreno do regate histórico, o festival vai exibir “A Moreninha”, filme de Glauco Mirko Laurelli, realizado em 1970 e protagonizado pela jovem Sonia Braga. Com ela, no elenco, David Cardoso, um dos futuros reis da pornochanchada, os jovens Carlos Alberto Riccelli e Claudia Mello, os experientes Sonia Oiticica e Carlos Alberto, e – prestem atenção – a atriz e bailarina Vera Manhães, mãe de Camila e Rocco Pitanga.

Vinte e três longas-metragens compõem os dois principais segmentos do Santos Film Festival – a Mostra Brasil (com dez títulos) e a Humanidades (com treze). Os filmes da primeira mostra só poderão ser acessados em determinados horários. Já os da “Humanidades” estarão disponíveis da meia-noite dessa terça-feira, até a meia-noite do dia 29. Ou seja, ao longo de sete dias.

Silvio Tendler marca presença nos dois segmentos. Com “Chico Mário – A Melodia da Liberdade”, ele participa da Mostra Brasil. E com seu autobiográfico “Nas Asas da Pan Am” foi selecionado para a “Humanidades”.

Há títulos promissores – pelo menos no campo temático – entre os onze escalados para a competição brasileira. Caso de “Projeto Herdeiro de Baden Powel”, do fluminense Fábio José Pimentel. Oriundo de Santo Antônio de Pádua, município de 42 mil habitantes, o diretor lida, de alguma forma, com o rico legado do compositor e violonista Baden Powell (1937-2000), nome da linha de frente da Bossa-Nova.

A carioca Mariana Vitarelli Alessi chega com “Lula Lá: De Fora pra Dentro”, documentário de largos 142 minutos. A conferir. Outro nome feminino, a gaúcha Mirela Kruel, apresentará seu documentário “Extermínio”, de enxutos 78 minutos.

Carolina Capelli, de São José do Rio Preto, traz “dElas”, e, de Recife, chegam Alcione Ferreira e Camilo Soares, com “Muribeca”. Fernanda Vargas e Daniel Fagundes, mostram “Oxente, Bixiga!”, e José Marques de Carvalho Jr, do Rio de Janeiro, marca presença com “O Sonho do Inútil”. Os paulistas Daniel Torres e James Salinas concorrem com “Vira-latas” e Elder Fraga com “O Artista e a Força do Pensamento”.

O documentário “Nas Asas da Pan Am” participa do segmento “Humanidades” ao lado de três ficções – “Pureza”, de Renato Barbieri, protagonizado por Dira Paes, “A Terra Negra dos Kawa”, do amazonense Sérgio Andrade, e “Meio Irmão”, da paulistana Eliane Coster.

A eles somam-se nove longas documentais: “Camadas das Águas Invisíveis”, de Antonio Augusto Teixeira (Piauí), “Vidas Barradas”, de Cid Faria (DF), “Delírios – Filosofia e Reflexão no Túnel da Morte”, de Marcelo Monteiro, e “Flávio Dornelles – Palcos de minha Vida, de Luís Fabiano Gonçalves (ambos do Rio Grande do Sul), “Doidos de Pedra – O Paraíso Ameaçado”, de Luiz Eduardo Ozório (RJ), “A Senhora que Morreu no Trailer”, de Alberto Camarero e Alberto de Oliveira, “Madrigal para um Poeta Vivo”, de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho, “Nada que Eu Queria Dizer”, de Sergio Gag, e “Serráqueos”, de Rodrigo Campos, todos de São Paulo.

O septuagenário Silvio Tendler tornou-se o mais prolífico realizador brasileiro, justo no momento em que se viu preso a uma cadeira de rodas. Se a mobilidade física tornou-se reduzida, a vontade de filmar, depois que ele viu a morte de perto, potencializou-se ao infinito.

Nesse exato momento, além de participar do festival santista, Tendler está presente na competição do Festival In-Edit com o documentário musical “Chico Mário – A Melodia da Liberdade”, realiza longa documental sobre Leonel Brizola, cujo centenário será lembrado em 2022, e aguarda a hora de lançar “Santiago de las Américas ou O Olho do Terceiro Mundo”. E avisa que tem muitos outros filmes em processo de produção. Um deles, sobre a dupla de documentaristas da Alemanha Oriental, Walter Heynowski e Gerhard Scheumann, que, entre outros feitos cinematográficos, documentou o bombardeio do Palácio de la Moneda no trágico onze de setembro de 1973. Imagens que correram mundo.

Dono de poderoso banco de imagens, Tendler só lamenta não ter feito um filme sobre João Candido (1880-1969), o almirante negro. E foi uma fatalidade que o impediu de realizar esse sonho de juventude. Ele registrou, aos 18 anos, entrevista com o velho marinheiro que, no começo de século XX, comandara rebelião e entrara para a história brasileira como “o mestre sala dos mares”, aquele cantado por João Bosco e Aldir Blanc. Inexperiente, o aspirante a cineasta perdeu, por razões técnicas, sua primeira (e histórica) entrevista gravada no celulóide. Do encontro com Candido, que morreria dali a meses, só restaram alguma fotos, que o hoje consagrado documentarista guarda com zelo único.

“Nas Asas da Pan Am”, que chega ao Santos Film Festival depois de passar pela Mostra SP 43, relembra os 70 anos de vida do autor de “JK”, “Jango”, “Castro Alves”, “Milton Santos”, “Glauber” e “Marighella”.

Com poderosas imagens de arquivo e muito humor, Tendler nos contará, ao longo de 112 minutos, que foi um menino judeu-carioca, gorducho e desajeitado, ignorado (ou esnobado) pelas meninas. Já que não era um galã, alimentou-se de muito bom humor e encontrou no cineclubismo o caminho para chegar ao cinema, seu principal ofício.

Hoje, sua produtora, a Caliban, soma acervo de 80 filmes de curta, média e longa-metragem, feitos por ele para cinema ou TV. Três alcançaram imenso sucesso: “O Mundo Mágico dos Trapalhões” (quase 2 milhões de ingressos), “Jango” (800 mil) e “Os Anos JK” (quase 500 mil).

Alma aventureira, o jovem Tendler foi parar no Chile de Salvador Allende. Com a queda do líder da Unidade Popular, o brasileiro migrou para a França e foi trabalhar com Chris Marker (1921-2012), o maior dos documentaristas franceses, ao lado de Jean Rouch.

Tendler estudou História e tornou-se professor (na PUC-Rio). Fez mestrado na Europa e, como bom globe-trotter, conviveu com personalidades como Joris Ivens, Santiago Álvarez, Fernando Birri, Gillo Pontecorvo e Patrício Guzmán. A lista é imensa. Tanto fez, que conseguiu entrevistar o General Nguyên Giap (1911-2013), herói da Guerra do Vietnã, para seu documentário “Utopia e Bárbarie” (2009).

“Nas Asas da Pan Am” é um filme obrigatório, principalmente para quem ama a História com agá maiúsculo, para aqueles que, como Luis Fernando Verissimo, são devotos de Nossa Senhora do Contexto. Apoiado nos conhecimentos de José Carlos Sebe Bom Meihy, professor da USP e estudioso das Brigadas Internacionais que lutaram na Guerra Civil espanhola (1936-1939), Tendler constroi sua sólida (e subjetiva) narrativa. E nos encanta com imagens raras, sejam fixas ou em movimento.

O filme só não é digno de todos os louvores, porque, em sua parte final, ganha longa sequência construída na base da “brodagem”. Ao completar 70 anos, Tendler recebe dezenas de eufóricos amigos. Resolve, então, anexar ao seu inventário autobiográfico imagens e nomes de companheiros de estrada, importantes em sua vida, mas nem tanto na dos espectadores. Um pecado venial.

Confira a programação o festival:

LONGAS – MOSTRA BRASILEIRA
(Sessões com horários e dias agendados)

– Projeto Herdeiro de Baden Powel, 69′ – De Fábio José Pimentel, Santo Antônio de Pádua, RJ – Exibição: 28/06 às 19h Reprise: 29/06 às 15h
– Extermínio, 72′, De Mirela Kruel, Cachoeira do Sul, RG – Exibição: 24/06 às 19h Reprise: 25/06 às 15h
– Lula Lá: De Fora Pra Dentro, 142′. De Mariana Vitarelli Alessi – RJ – Exibição: 24/06 às 21h, Reprise: 25/06 às 17h
– Chico Mario – A Melodia da liberdade, 139′. De Silvio Tendler, RJ Exibição: 23/06 às 19h, Reprise: 24/06 às 15h
– dElas, 68’ . De Carolina Capelli, São José do Rio Preto, SP- Exibição: 23/06 às 121h, Reprise: 24/06 às 17h
– Muribeca, 78′ – De Alcione Ferreira & Camilo Soares, Recife, PE – Exibição: 25/06 às 19h, Reprise: 26/06 às 15h
– O Artista e a Força do Pensamento, 90′. De Elder Fraga, SP – Exibição: 25/06 às 21h, Reprise: 26/06 às 17h
– O Sonho do Inútil, 72′. De José Marques de Carvalho Jr – RJ – Exibição: 26/06 às 19h Reprise: 27/06 às 15h
– Oxente, Bixiga!, 78′. De Daniel Fagundes e Fernanda Vargas, SP – Exibição: 26/06 às 21h, Reprise: 27/06 às 17h
– Vira-Latas, 73′ De Daniel Torres e James Salinas, SP – Exibição: 28/06 às 21h Reprise: 29/06 às 17h

SESSÕES ESPECIAIS

Resgate histórico: A Moreninha, 96′, 1970, ficção protagonizada por Sonia Braga (o filme será disponibilizado durante todo o festival de 0H0H1 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

Pré-estreia: Linha de Frente Brasil, 2021, documentário, de Elder Fraga – Exibição on-line: 23/06 às 20h45, e presencial no Cine Roxy (Av. Ana Costa, 443, Gonzaga)

Especial: Vou Nadar Até Você, 107`, 2019. De Klaus Mitteldorf, ficção, com Bruna Marquezini . 20h00, na plataforma do Festival

Lançamento: Zoantropia, 15’“, de Wladimyr Cruz, ficção – (disponibilizado durante todo o festival, de 0H0H1 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

Sessão especial Entre Nós e o Mundo, 17′, 2019, de Fabio Rodrigo, Itaquaquecetuba, SP

RETROSPECTIVA ANDREA PASQUINI
(os filmes serão disponibilizados durante todo o festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– A História Real, 15`, 2001, ficção
– Fiel, 90`, 2009, documentário
– Homem Centenário, 15`, 2010, documentário
– Os Melhores Anos de Nossas Vidas, 65`, 2013, documentário
– Sempre no Meu Coração, 52`, 2006, documentário

RETROSPECTIVA RODRIGO ARAGÃO
(os filmes serão disponibilizados durante todo o festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– A Mata Negra, 98`, 2018, terror
– A Noite do Chupacabras, 95`, 2011, terror-ficção
– As Fábulas Negras, 105`, 2014, terror
– Mangue Negro, 105`, 2010, terror
– Mar Negro, 105`, 2013, terror
– O Cemitério das Almas Perdidas, 100`, 2020, terror

ANIMAÇÃO – NOVOS OLHARES
(os filmes serão disponibilizados durante todo o festival, de 0H0H1 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– A Cidade Imortal, 3′. De Marco Túlio Rodrigues e Alunos do curso de Formação em Leitura e Animação do Projeto – Ilha da Imaginação – edição 2019, São Simão, GO
– Dia do Manguezal, 9′ – Assinado por Crianças dos Grupos 6A e 6B do CMEI Jacyntha Simões, Vitória, ES + Mata, 2′, de Ian Campos, RJ
– Pig Brothers, 3′. De Julio Quinan e Alunos do curso de Formação em Leitura e Animação do Projeto Ilha da Imaginação – edição 2019, São Simão, GO
– Renascida das Águas, 3’. De Julio Quinan e Alunos do curso de Formação em Leitura e Animação do Projeto Ilha da Imaginação – edição 2019, São Simão, GO
– Star Pigs, 3’ – De Marco Túlio Rodrigues e Alunos do curso de Formação em Leitura e Animação do Projeto Ilha da Imaginação – edição 2019, São Simão, GO
– Vento Viajante, 7′ – De Alunos da rede pública municipal de ensino fundamental de Icapuí/CE, Vitoria, ES

CURTA DE ANIMAÇÃO NACIONAL
(os filmes serão disponibilizados durante todo o festival de 0H0H1 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– Eternidade, 3′. De Lara Mendes Salsa, Recife, PE
– Livre-se, 4′. De Matheus Lopes e Vinícius de Lima, São Paulo, SP
– Minha Primeira Memória, 9′. De Lara Mendes Salsa, Recife, PE
– O Celaticomus, 17’. De Marcelo Tannure, Nova Lima – MG
– O Mundo de Clara, 7`- De Ayodê França, Recife, PE
– Peixinho, 5’ – De Edson Germinio, BH-MG
– Rasga Mortalha, 14′ – De Thiago Martins de Melo, Niterói, RJ

CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO NACIONAL
(disponíveis durante todo o festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– Bago Sujo, 15`, de Giordanna Forte, Porto Alegre, RS
– Descontrole, 14’”, de Guilherme G. Pacheco, Porto Alegre, RS
– Duda, 12’, de Carol Lobo, Taubaté, SP
– E Agora Você, 14’, de Edson Lemos Akatoy, João Pessoa, PB
– Esta é a República Aristocrática, 12”, de Marcelo Mendes, DF
– Nada Além de Mim, 11′, de Thiago Lopes, SP

CURTA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO NACIONAL
(disponíveis durante todo o Festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– República das Saúvas, 15′, de Piero Sbragia, SP
– Cartas para Cecília, 30″, de Denise Szabo, São Caetano do Sul, SP
– O Gaiteiro que Desceu da Caravela, 15′, de Juan Quintáns, Porto Alegre, RS
– Por Favor, Socorro, 20’, de Sinval de Abranches, Juiz de Fora, MG
– Posso Fazê Nada!, 20′, de Welyton Crestani, Curitiba, PR
– Pra se Manter São, 18′, de Renato Caetano, São Paulo, SP

REGIONAL BAIXADA SANTISTA
(disponíveis durante todo o Festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– Imagens De Um Sonho, 20’, de Leandro Olimpio, doc, São Vicente, SP
– Llucmajor, 14′, de Bruno Landin, ficção-drama, São Vicente, SP
– Shio (Maré), 14’, de Bruno Landin, doc, São Vicente, SP
– Sua Geração `Pela Minha, 16′, de Isabella Graça, comédia romântica, Praia Grande, SP
– Madrugada, 7′, de Eduardo Tomas, Praia Grande, SP
– Corrente Séria, 9′, de Tales Ordakji e Cibele Gonçalves, comédia, Santos, SP
– Da Linha Pra Cá, 14′, de Glauber Gonçalves e Slim 2N, doc, Santos, SP
– Doc de Domingo – 10′, de Eduardo Ferreira e Gaspar Lourenço, doc, Santos, SP
– Pouca Farinha Muito Mar, 27′, ficção, Santos, SP

MOSTRA HUMANIDADES – CURTA-METRAGEM
(disponível durante todo o Festival, de 0H01 DE 23/06 ÀS 12H DE 29/06)

– Carta ao Magrão, 11″, de Pedro Asbeg, doc, RJ
– A Pelotas Caridosa – Poemas Lidos de Lobo da Costa, 26′, de Luís Fabiano Soares Gonçalves, ficção, Pelotas, RS
– Entreposto, 18’, de Gabriel Vilela e Lucas Xavier, doc, Goiânia, GO
– Gaz, 30′, de Helen Lopes, doc, Palmas, TO
– Justiça e Igualdade, 11′, de Felipe Nepomuceno, doc, Petrópolis, RJ
– Licença Poética, 12’, de Ilaine Melo, doc, Benedito Novo, SC
– Megg – A Margem que Migra Para o Centro, 15′ de Larissa Nepomuceno, Eduardo Sanches, doc, Curitiba, PR
– Rosas do Asfalto, 19′, de Daiane Cortes, doc, Brasília, DF
– Utopia, 15’, de Rayane Penha, doc, Macapá, AP
– Veio de Resistência, 26’, de Elinaldo Rodrigues, doc, Aracati, CE
– Vozes da Rua, 4′, de Márcio Coutinho, doc, RJ

LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO
(Sessões com dias e horários agendados)

– O Teatro e a Peste de Antonin Artaud (62’, 2020) – De Wolfgang Pannek, filme poético experimental – Exibição: 27/06 às 17h, Reprise: 28/06 às 13h

– Era uma vez um Povoado. – A História de Caimanes (Había una vez un Pueblo. – La historia de Caimanes), 76’, de Matías Palma, documentário sócio-ambiental – Exibição: 27/06 às 21h, Reprise: 28/06 às 17h

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