Indústria do audiovisual contribui com mais de R$ 19 bilhões por ano para a economia brasileira
O estudo inédito “Contribuição Econômica do Setor Audiovisual Brasileiro”, desenvolvido pela Tendências Consultoria Integrada para a Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) e o Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual (SICAV), revela que o segmento audiovisual foi responsável por 0,57% do PIB brasileiro em 2009, contribuindo diretamente para a economia com R$19,8 bilhões, e indiretamente com R$ 15 bilhões (em valores de 2013, corrigidos pelo IPCA/IBGE). O documento também aponta que o setor obteve no mesmo ano um faturamento bruto de R$ 42,8 bilhões, também a valores corrigidos.
Ainda segundo o estudo, em 2012, a indústria audiovisual foi responsável pela criação de cerca de 110 mil empregos diretos e de 120 mil indiretos. Com isso, pode-se afirmar que para cada emprego gerado no setor, outros 1,09 são gerados nos demais setores da economia.
No que tange à questão tributária, a arrecadação direta de impostos foi da ordem de R$1,6 bilhão em 2009, equivalente a R$ 2,1 bilhões em 2013, enquanto a arrecadação gerada pelo impacto indireto em outros setores foi de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão, também em valores corrigidos.
Esses números colocam o audiovisual em uma posição comparável à de outros importantes setores de serviços, tais como os de turismo, impressão e esportes. Em 2012, por exemplo, o audiovisual gerou uma massa salarial de aproximadamente R$ 4,2 bilhões, a qual apresentou um crescimento de 37% nos últimos anos (em 2007, esta havia sido R$ 3 bilhões) e que corresponde a 2,6 vezes a massa gerada pelo setor de turismo.
O estudo também traz dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (POF-IBGE), demonstrando que a família brasileira disponibiliza cerca 5,0% de sua renda para atividades culturais. Nas classes de renda mais elevada, com renda superior a R$ 6.225,00, os gastos culturais no orçamento aumentam, alcançando 6,3%, diante de 3,6% nas famílias com renda inferior a R$ 830,00. Ou seja, o crescimento dos gastos com cultura é proporcionalmente superior ao incremento na renda. Tal constatação revela boas perspectivas de crescimento para o setor no Brasil, que tem experimentado um processo de evolução de renda e ascensão social na última década.