Iván

O filme “Iván” retrata a história real do refugiado ucraniano Iván Bojko, que durante a Segunda Guerra Mundial foi tirado à força de seu país por nazistas, realizou trabalhos forçados na Alemanha, imigrou para o Brasil, foi impedido de fazer contato com sua família, e após 68 anos retornou à Ucrânia, aos 91 anos, em um reencontro com o seu país, sua família e seu passado.

“Iván” tem direção de Guto Pasko, experiente realizador paranaense, que é descendente de ucranianos, e abordou o tema imigração em outros títulos de sua filmografia, tais como “Made in Ucrânia – Os Ucranianos no Paraná”, “A Colônia Cecília” (neste caso, sobre imigrantes italianos) e “O Herói de Cruz Machado” (poloneses).

O filme recebeu premiações no Festival de Cinema de Maringá, Florianópolis Audiovisual Mercosul, Fest Cine Goiânia, além de ser exibido nos festivais de Brasília, Mostra Tiradentes, Olhar de Cinema (Curitiba), Cinesul , FENAVID (Bolívia), Festival Cinematográfico de Montevideo (Uruguai) e Festival Latino-Americano de Cinema de Trieste (Itália).

“Iván” é uma realização da GP7 Cinema, com produção de Andréia Kaláboa, patrocinado pela Petrobras, com a distribuição da Moro Filmes através do Edital do FSA para distribuição.

Em 19 de novembro, o filme terá sua primeira exibição no Rio de Janeiro, durante uma pré-estreia para convidados no renomado Cine Odeon, com venda limitada de ingressos. A sessão contará com as presenças do diretor Guto Pasko, da produtora Andréia Kaláboa e de convidados especiais. Após esta sessão, o filme permanecerá em cartaz na capital fluminense.

Na semana seguinte, em 26 de novembro, “Iván” chega a mais quatro capitais brasileiras: São Paulo, Curitiba, Brasília e Porto Alegre, onde será exibido nas unidades do Espaço Itaú de Cinema de cada cidade. Em Curitiba, será exibido também no Cineplus Jardim das Américas. Estão marcadas também sessões de pré-estreia em São Paulo (23 de novembro, no Espaço Itaú – Frei Caneca) e Curitiba (24 de novembro, no Espaço Itaú – Shopping Crystal). Nesta mesma semana, o filme continuará em cartaz no Rio de Janeiro.

Em conjunto com o lançamento do filme, estão sendo organizados debates sobre o tema dos refugiados, nas primeiras cidades em que o filme vai estrear (Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília). Quem quiser contribuir e organizar um evento como este em sua cidade, pode entrar em contato com distribuidora Moro Filmes e com a Taturana Mobilização Social (contato@morocom.com.br e contato@taturanamobi.com.br), que contribuirão com o que o que estiver ao alcance para sua realização.

One thought on “Iván

  • 30 de novembro de 2015 em 20:24
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    Uma produção que toca nosso coração. E como precisamos disto!

    Durante seu primeiro trabalho sobre a imigração ucraniana no Paraná, Guto conheceu seu Ivan, um simpático octogenário fabricante de banduras, instrumento trazido da Ucrânia, muito ativo tão cheio de otimismo quanto suas velinhas sopradas a cada aniversário. Na medida que traduz os diários de seu Ivan, o Diretor é envolvido pela história do fabricante de instrumentos e decide ajudar de alguma forma: já estaria delineado portanto seu próximo trabalho, um paralelo entre o conflito mundial que destruiu a Europa há mais de setenta anos e a vida de seu Ivan, alguém fortalecido pelo sofrimento imposto por nazistas e soviets, aquela história: entre o choque das marés contra as rochas, quem sofre são sempre os mariscos!
    Logo nos identificamos considerando que seu Ivan reside em Curitiba e ele gosta de dar suas caminhadas, alamedas e calçadas que conhecemos bem. Conta um pouco de sua história, sempre o sorriso no rosto, até que Guto decide fazer a surpresa, apresentando as passagens: seu Ivan poderá rever sua querida irmã! Emoção na forma mais tocante, algo jamais visto, somos envolvidos na expectativa e a partir de então não queremos mais arredar o pé da sala de projeções.
    A caminho do Aeroporto Afonso Pena, mais retratos de nossa capital e enfim a chegada à capital Kiev, que seu Ivan não reconhece mais. Numa feirinha local algo hipnotiza nosso herói e a nós, dois rapazes tocam de forma sublime e afinação a amada bandura, ícone da identidade ucraniana ainda viva. Abençoa os meninos enchendo seus corações de alegria. A esta altura todos na sala torcem pelo senhorzinho, para que encontre logo seus amados.
    Com uma belíssima fotografia, afinal a Ucrânia é um belo pais, e trilha sonora chega dentro de nossos corações, logo sabemos que de forma inteligente Guto Pasko deixa o melhor para o final, o encontro de seu Ivan com a querida irmãzinha, após 68 anos.
    Dividido como em capítulos, as etapas são marcadas quando nosso herói se encontra caminhando num campo de girassóis, um dos símbolos da Ucrânia. Rápidos instantes que cristalizam em nossa memória e que levaremos para sempre em nossa lembrança.
    Recheado de momentos tocantes e muita história, há uma pequena aula em cada relato e nas marcas deixadas por regimes totalitários, já que seu Ivan foi proibido de voltar a terra natal acusado pela união Soviética de traição, mesmo sendo levado a força para campos nazistas de trabalhos forçados: em qualquer tempo e lugar, o povo sempre paga o equívoco de governantes acéfalos e narcisistas.
    Enfim, o encontro com sua irmã, emoção a flor da pele e a partir daí fica quase impossível conter as lágrimas – apenas “Labirinto do Fauno” fez isso comigo até então – entendemos o significado da palavra amor em seu sentido mais sublime, carinho e dedicação daqueles que nunca se esquecem de nós, guardam a recordação dentro de seu coração.
    Um trabalho magnifico, lindo, regado de muito realismo e sentimento extremado!

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