Cinemateca homenageia Hector Babenco
Um dos mais importantes cineastas brasileiros, Hector Babenco, falecido na última semana, deixou uma sólida e bela filmografia, que será exibida em sua homenagem, de 21 a 24 de julho, na Cinemateca Brasileira.
Nascido em Mar del Plata na Argentina, em 1946, Babenco mudou-se para o Brasil aos 19 anos e naturalizou-se brasileiro em 1977. Em 1975, lança seu primeiro longa-metragem, O Rei da Noite, com marcantes interpretações de Paulo José, Marília Pêra e Vic Militello.
Baseado num caso policial, Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia foi um grande sucesso de bilheteria e recebeu diversos prêmios em 1977. Seu filme seguinte é uma de suas obras-primas, Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980), presença constante em listas de maiores filmes da década de 1980. Realiza em 1985, O Beijo da Mulher Aranha, produção internacional falada em inglês, que recebeu o Oscar de melhor ator e o prêmio de interpretação masculina em Cannes para William Hurt e pelo qual Babenco foi indicado ao Oscar de melhor diretor.
Em 1987, dirige Jack Nicholson e Meryl Streep em Ironweed, e ambos são indicados ao Oscar pelos papéis. Ambientado na região amazônica e com atores brasileiros e estrangeiros, lança em 1990 Brincando nos Campos do Senhor, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos. Em 1998, lança Coração Iluminado, drama autobiográfico selecionado pelo Festival de Cannes. Em seguida, realizaria seu maior sucesso de bilheteria, Carandiru (2003), também exibido no Festival de Cannes. Em 2007, o diretor retorna a Buenos Aires para as filmagens de O Passado, estrelado por Gael Garcia Bernal, no qual Babenco aparece como um projecionista de cinema. Este ano, lançou Meu Amigo Hindu, seu último longa, com Willem Dafoe.
Toda a programação da mostra, que pode ser conferida no site www.cinemateca.gov.br, tem entrada franca.