A opressão à sexualidade em “A Batalha de Shangri-Lá”
Com uma trama que aborda temas atuais que carecem de maior diálogo na sociedade, “A Batalha de Shangri-Lá” chega aos cinemas em 11 de agosto. Produzido e filmado no Mato Grosso, o longa-metragem tem no elenco Gustavo Machado, Ingra Lyberato e Maria Ceiça, protagonistas do drama com pitadas de suspense e tragédia, composto por camadas complexas que são desvendadas à medida que a história avança.
No filme, João (Gustavo Machado) perde seu pai adotivo e inicia uma jornada pessoal para obter respostas sobre seu passado. Ele parte em busca de sua mãe biológica, que o abandonou há quase 40 anos, no interior do Mato Grosso. Em uma viagem por um Brasil profundo, ele conhece sua cidade natal e pessoas que fizeram parte do passado da mulher que procura, mas sem respostas muito claras.
João vai encontrando pistas que o levam por caminhos físicos e emocionais que colocam em xeque suas convicções e preconceitos. O encontro com sua mãe é ao mesmo tempo intenso e doloroso, trazendo à tona angústias do passado e revelações que irão afetar as vidas dos dois para sempre.
O filme levanta temas atuais e urgentes, como a violência familiar e social, a intolerância quanto a uma sexualidade vista como tabu por uma parcela considerável da sociedade, entre outros assuntos relacionados. O personagem de Gustavo Machado é fruto de uma violência sexual contra uma pessoa LGBT, conhecida como “estupro corretivo”. Ocorre quando um heterossexual violenta uma lésbica para que ela se torne hétero (e em grande parte dos casos é praticado por pessoas muito próximas da vítima).
“A Batalha de Shangri-Lá” passou por diversos festivais no Brasil e no exterior, entre eles o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, LABRFF – Los Angeles Brazilian Film Festival (EUA), Manchester Film Festival (Inglaterra), Oslo Film Festival (Noruega, onde foi finalista na categoria drama), entre outros.
Antes do filme ser filmado, o roteiro de “A Batalha de Shangri-Lá” foi selecionado na 13ª edição do festival Ibermedia, em Madri (Espanha), onde passou por um laboratório de desenvolvimento de roteiro que teve como consultores os renomados cineastas Karim Aïnouz e Tomas Aragay.
“A Batalha de Shangri-Lá” tem produção da Molera Filmes e Moro Filmes (que também é distribuidora do filme) e foi realizado com recursos do Estado do Mato Grosso, através da linha de Co-Investimento do Fundo Setorial do Audiovisual/BRDE/ANCINE.