CCBB RJ apresenta mostra inédita do espanhol Álex de la Iglesia

No ano em que comemora trinta anos da sua estreia como diretor de longa-metragens, com “Ação Mutante” (Acción Mutante, 1993), Álex de la Iglesia ganha uma mostra no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro com os filmes mais marcantes de sua carreira. O Cinema de Álex de la Iglesia apresenta um panorama da obra do consagrado cineasta, um dos diretores e produtores de maior sucesso na Espanha, que já foi chamado de Tarantino espanhol e foi apadrinhado por Pedro Almodóvar, produtor do seu primeiro filme. Realizador genial, ele passeia pela comédia de humor ácido, pelo cinema de terror e pelo suspense hitchcockiano desrespeitando qualquer pacto realista.

Álex de la Iglesia ficou conhecido mundialmente pelo cult “O Dia Besta” (foto, El día de la Bestia, 1995), que levou, entre outros prêmios, o Goya de melhor diretor. Ao longo da sua carreira, além de diversos prêmios Goya, ele recebeu também os Leão de Prata (Diretor) e Leão de Ouro (Roteiro, junto com seu parceiro constante Jorge Gerricaechevarría), no Festival de Veneza, por “Balada do Amor e do Ódio” (Balada triste de Trompeta, 2010). Ele é ex-diretor presidente da Academia Espanhola de Cinema e é casado com a atriz e produtora Carolina Bang, sua sócia na Pokeepsie Films, uma das mais atuantes empresas produtoras da Espanha, que faz parte do grupo francês Banijay.

Alex também dirige filmes e minisséries para TV e streaming, como a série “30 Monedas”, em filmagem da terceira temporada sob sua direção, realizada para a HBO Espanha. Agora, enquanto acontece essa mostra, ele está filmando “1992”, minissérie para a Netflix, com história ambientada na Expo’92 de Sevilha. Muitos dos projetos da Pokeepsie Films têm não só a produção do diretor espanhol, mas também a curadoria dele, caso do “The Fear Collection”, seleção de longas-metragens produzidos em uma parceria entre Sony Pictures International, Amazon Prime Video e a Pokeepsie Films.

Os filmes de Álex de la Iglesia remetem o espectador a um universo amplo de autores, que vai de Quentin Tarantino a Guillermo Del Toro e Robert Rodriguez, trio acolhido pela indústria hollywoodiana, mas passa igualmente pelo cinema B norte-americano e italiano, de artesãos como Roger Corman, Mario Bava, Lucio Fulci, Dario Argento, entre vários outros – e  também por José Mojica Marins, de quem Iglesia é um fã declarado e que receberá uma homenagem da mostra. Na programação da mostra será exibido, do criador do personagem Zé do Caixão, o longa-metragem “A Praga”, encontrado após o falecimento de Mojica e remasterizado pelo pesquisador Eugênio Puppo. A sessão especial será no dia 26 de agosto (sábado), às 16h, seguida de debate com o crítico e pesquisador Carlos Primati.

O Cinema de Álex de la Iglesia terá também em sua programação um segundo debate dedicado ao cinema de gênero fantástico no Brasil – “Produzindo cinema fantástico”, com o produtor e roteirista André Pereira, no dia 2 de setembro (sábado), às 16h.

Depois do Rio de Janeiro, a mostra, que é patrocinada pelo Banco do Brasil, será realizada no CCBB São Paulo, de 13 setembro a 1º de outubro.

Os ingressos para as sessões da mostra são gratuitos e podem ser adquiridos na bilheteria física ou no site do CCBB (bb.com.br/cultura), a partir das 9h do dia da sessão. Para os debates, os ingressos devem ser retirados uma hora antes do início do evento.

 

O Cinema de Álex de la Iglesia
Data: 24 de agosto a 10 de setembro
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – Rua Primeiro de Março 66, Centro, (21) 3808-2020, ccbbrio@bb.com.br / Sala de Cinema 1 (102 lugares, sendo 4 para cadeirantes)

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