“Um Pouco de Mim, um Pouco de Nós” será exibido no Museu da Imigração com a presença do diretor
“Um Pouco de Mim, um Pouco de Nós” receberá, neste sábado, 16 de setembro, uma exibição gratuita às 15h no Museu da Imigração, em São Paulo. O diretor André Bushatsky estará presente para diálogo com a plateia. A produção é assinada pela Bushatsky Filmes, com distribuição da própria Bushatsky Filmes em parceria com a Prisma. Em São Paulo, a obra seguirá em cartaz amanhã, quinta-feira, 14 de setembro, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, em sessões diárias às 13h30, na sala 2.
O longa começa com uma judia alemã que fugiu ao primeiro sinal de que algo de muito errado estava por vir. E segue para histórias de quem se escondeu na floresta, fugiu para outro país, debaixo do subsolo, em um cômodo. Encontramos aqueles que contaram com uma mão amiga, que arriscaram vida e família ajudando os perseguidos pelo regime e os Partisans, guerrilheiros prontos para sabotar o exército alemão. Há os que foram para o campo de concentração e tiveram a sorte de sobreviver, mas, mesmo assim, tiveram que se reerguer em outro país, sem dinheiro, sem ajuda, com outra língua e cultura. O filme conta com depoimentos dos jornalistas Pedro Bial e Caio Blinder, do filósofo Mário Sérgio Cortella e da economista e professora Claudia Costin.
A partir dessa narrativa traçada por depoimentos de sobreviventes que se radicaram no Brasil, o documentário medita também sobre o nosso presente, seja na questão do surgimento de líderes extremistas quanto na situação de refugiados e imigrantes na atualidade, e sobre o mundo que queremos construir.
Colocando-se também em primeira pessoa no documentário, Bushatsky se apresenta como investigador sobre as dinâmicas pessoais e as questões políticas que levaram à ascensão do nazismo na Alemanha do século XX e o extremismo contemporâneo, e, dessa forma, questiona o passado para tentar iluminar o presente.
Nas entrevistas, Bushatsky se deparou com histórias fortes, aquelas que tanto vemos em filmes e livros sobre o Holocausto, mas que estavam sendo contadas ali, na frente de sua câmera, pelas pessoas que as vivenciaram. Essa proximidade com as pessoas entrevistadas surgiu por conta daquilo que o documentarista define como “um processo artesanal”.