Festival Megacities Shortdocs traz iniciativas sustentáveis nas maiores cidades do mundo
Foto: “They Don’t Need to Know”, da Indonésia, vencedor do Grand Prix do Festival, em 2023
Promover, por meio do audiovisual, uma cidadania ativa e colaborativa e apontar caminhos para melhorar a vida das pessoas nas metrópoles. Esse é o principal objetivo do 9º Megacities Shortdocs, maior festival global de documentários cidadãos. Os curtas-metragens revelam iniciativas sustentáveis nas maiores cidades do mundo. O festival terá, pela primeira vez, um evento de premiação no Brasil, no dia 27/05, no Cine Reserva Cultural, na avenida Paulista, em São Paulo. Serão revelados, em sessão para convidados, os vencedores em cinco categorias: Melhor Curta Documentário, Melhor Curta Estudante, Crise Climática Urbana, A Cidade em 15 Minutos e a Melhor Iniciativa Urbana, além do Grand Prix global do ano.
Um júri formado por diretores e protagonistas de mudanças na França e no exterior, presidido pela documentarista francesa Marie Drucker, selecionará os documentários mais inspiradores desta edição. O grande vencedor é exibido também no Festival de Cinema de Cannes. E todos os premiados – nacionais e internacionais – terão os filmes disponibilizados nas redes sociais. Em junho, a TV Cultura apresentará um especial com os vencedores da 9ª edição do Megacities Shortdocs.
Criado na França em 2015, o Megacities Shortdocs ocorre no Brasil por meio de uma parceria entre a ONG Métropole du Grand Paris, idealizadora do festival, e a plataforma São Paulo São. Neste ano, há 350 documentários, 80 deles brasileiros. Participam cineastas profissionais ou amadores, mas o requisito é ser um morador de uma metrópole. Ou seja, qualquer cidade com mais de um milhão de habitantes, como a Grande Paris, ou alguma das 35 megacidades do mundo (toda e qualquer área urbana contínua formada por mais de 10 milhões de habitantes). No Brasil, há 2 megacidades (São Paulo e Rio de Janeiro) e 17 grandes cidades, segundo esse conceito da ONU. Espaços que necessariamente concentram um triplo desafio: ecológico, econômico e social.
No Brasil, os filmes trazem, em até 4 minutos, projetos inspiradores, por exemplo, de agricultura orgânica e comunitária e até um cinema itinerante movido a energia solar. Os finalistas deste ano tratam de mobilidade urbana, educação, diversidade, músicos paulistanos que circulam pelo metrô, crianças reocupando o espaço público no violento Morro do Fubá, no Rio de Janeiro, dentre outros. Em 2023, o curta “They Don’t Need to Know” (Eles não precisam saber), de Yogi Tujuliarto, da Indonésia, foi o grande vencedor do festival. Nele, personagens, até então invisíveis nas grandes metrópoles, como um catador de materiais recicláveis no rio Citarum, considerado o mais poluído do mundo, se torna o grande protagonista.
Os curtas vencedores da última edição podem ser assistidos em https://www.youtube.com/watch?v=ap-3zpQo8DU.