Fica 2024 tem quase metade das produções dirigidas por mulheres

Foto: “Meada Cor Kalunga”, de Marta Faria da Silva, que compete na Mostra Indígena e de Povos Tradicionais

O 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) é a edição com o maior número de mulheres diretoras nas mostras competitivas. Em 2024, foram 61 diretores creditados, dos quais 29 são mulheres, o equivalente a 47,5% do total. A edição anterior teve 40,8% de mulheres diretoras. O Fica acontece de 11 a 16 de junho, na cidade de Goiás, e é uma realização do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em correalização com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (RTVE).

Nesta edição, as mostras Washington Novaes e a de Cinema Indígena e Povos Tradicionais foram as que mais concentraram mulheres diretoras, com 52,9% e 57,9%, respectivamente. Somente a Mostra de Cinema Indígena, inédita esse ano, teve 11 diretoras, de 19 creditados. Já a Mostra do Cinema Goiano, possui metade da direção realizada por mulheres. Das quatro mostras competitivas, apenas a Mostra Becos da minha Terra, exclusiva para produções da Cidade de Goiás, teve menos mulheres dirigindo as obras.

O Fica 2024 conta com uma vasta programação gratuita, com mostras competitivas, debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional, atividades de cunho ambiental e atrações culturais.

A oficina “Da Ideia ao Roteiro para Profissionais Negros” é um dos destaques das atividades formativas do festival deste ano. A iniciativa é realizada em parceria com a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). A oficina ainda recebe inscrições e acontecerá entre os dias 12 e 14, das 8h30 às 12h, de forma gratuita.

As aulas serão ministradas por Maíra Oliveira, roteirista, diretora e educadora, graduada em Pedagogia e mestranda em Artes da Cena, com especial interesse em histórias com representatividade negra e feminina que subverta estereótipos. Autora de livros infantis e orientadora de mais de 200 projetos audiovisuais, em diferentes etapas de desenvolvimento. Atuou ativamente no desenvolvimento de mais de 30 projetos audiovisuais, para Globo, Disney+, Canal Brasil, Netflix, Paramount e HBO, em parceria com as principais produtoras do país. Foi Presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) de 2021/2022 e atualmente é Conselheira do sudeste da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.

O festival conta, ainda, com mais três atividades formativas, sendo mais uma oficina e dois minicursos. Todos gratuitos e também com inscrições abertas.

Complementando as programação de oficinas, “Ouvir e Contar Histórias: Oficina de Podcasts”, acontece entre os dias 12 e 14, das 10h às 12h, e tem 20 vagas disponíveis.

Já os minicursos são: “Mudanças Climáticas: Conhecimento e ação para transformar o clima em aliado”, que acontece entre os dias 12 e 15 de junho, das 8h às 12h, e possui 30 vagas, e “A história, o presente e o futuro do Cerrado”, que será realizado entre os dias 12 e 15, das 8h às 12h, contando, também, com a oferta de 30 vagas.

Toda a programação de oficinas e o formulário de inscrição estão disponíveis na página oficial do festival, https://fica.go.gov.br/acoes-formativas/, onde também pode ser conferida a programação dos filmes selecionados.

O festival conta com apoio do programa Goiás Social; das secretarias de Estado da Retomada; de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Saneago; Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG); Serviço Social do Comércio (Sesc) e Prefeitura da cidade de Goiás. Este ano o evento também tem como apoiadores a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),  Museu Nacional dos Povos Indígenas/Funai, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Grupo Kelldrin e Saga BYD.

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