Curta brasileiro “Minha Mãe é uma Vaca” compete na Mostra Orizzonti, do Festival de Veneza

Moara Passoni estreia seu curta-metragem de ficção “Minha Mãe é uma Vaca” na mostra competitiva Orizzonti, do Festival de Veneza. O filme se passa num Pantanal em chamas e acompanha Mia (Luísa Bastos), 11 anos, que se pergunta sobre a experiência radical de vida e morte na natureza. Quando uma onça entra em choque com sua realidade, seus medos são materializados. Tentando se conectar intensamente com a mãe, o amor chega para ela de uma maneira completamente inesperada. Concorrendo com outras 12 produções, o curta terá três exibições no festival, com tapete vermelho no dia 5 de setembro.

O filme de 15 minutos segue Mia, que é deixada pela mãe, cuja vida está em apuros, num ônibus rumo ao Pantanal. Lá, ela vai passar uma temporada de descobertas e transformações no sítio da tia. Deslocada naquela realidade tão distinta da cidade grande, com o agravante de queimadas cada vez mais próximas à fazenda, ela forma um laço com uma vaca que está para ser abatida, enquanto descobre as mudanças de seu próprio corpo na puberdade. Aqui, a vaca e a onça ocupam lugares míticos na vida de uma garota em intensa transição, transmutação.

“Minha Mãe é uma Vaca” é uma produção de Sofia Geld e Daniel Liu, da Uvaia Filmes, que tem sedes em São Paulo e Nova Iorque.

Moara é colaboradora constante das produções de Petra Costa: foi produtora associada de “Elena” (2014), colaborou no roteiro de “Olmo e a Gaivota” (2015), foi corroteirista e produtora associada de “Democracia em Vertigem” (2019), documentário que concorreu ao Oscar da categoria, e colaborou no roteiro, além de ter dirigido algumas cenas de “Apocalipse nos Trópicos”, produção que também vai estrear no Festival de Veneza, fora de competição. O longa investiga as relações entre religião e poder no Brasil.

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