Longa de Gustavo Galvão aborda o sexismo na indústria do entretenimento

Foto © André Carvalheira

“O Vazio de Domingo à Tarde”, que estreia nesta quinta-feira (14/11) nos cinemas, se passa nos bastidores da indústria do entretenimento, e aborda temas urgentes e atuais, como a cultura da violência e o sexismo nesse meio, trazendo ao centro, como protagonistas, uma atriz e uma jovem obcecada pela fama. Com direção de Gustavo Galvão, a maior parte da trama se passa na Brasília contemporânea, marcada pela polarização e as celebridades instantâneas da internet, e é protagonizado por Gisele Frade e Ana Eliza Chaves. A produção é da 400 Filmes e a distribuição da Lança Filmes.

Mônica (Gisele Frade) é uma atriz de renome, cuja imagem se desgastou. Cansada dos abusos e da falta de oportunidades, busca reinventar sua carreira. Já a jovem Kelly (Ana Eliza Chaves) mora em Abadiânia, interior de Goiás, onde a atriz participa de uma filmagem. A moça é uma fã e obcecada em ser famosa, e vê nesse encontro a chance de começar sua escalada para o sucesso. Os caminhos das duas se cruzam, enquanto uma enfrenta a decadência, a outra sonha com o glamour.

A paulistana Gisele deu vida às personagens Bia de “Chiquititas” (no SBT, em 1997/1998) e Drica de “Malhação” (TV Globo, entre 2001 e 2004). Depois de 18 anos dedicados ao teatro e à família, ela voltou a um set como a protagonista de “O Vazio de Domingo à Tarde”. Já a brasiliense Ana Eliza é estreante, e passou por rigorosa seleção de elenco com mais de 30 jovens.

Dialogando com o presente, o filme discute a cultura e o entretenimento nos dias de hoje, pautados pela superficialidade e ascensões e quedas muito rápidas. Numa época em que o número de seguidores pode ser fundamental para a escalação de um ator ou uma atriz, “O Vazio de Domingo à Tarde” questiona como isso está consumindo as qualidades artísticas do cinema, da televisão e do teatro.

O filme teve sua première mundial na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, no ano passado. Em março deste ano, fez sua estreia internacional no 42º Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay, e, depois, participou da seleção do 15º Festival Internacional de Cine de Santander, do 2º Festival Int. de Cine de la Provincia de Buenos Aires, e do 20º Festival Internacional de Cine de Cuenca, no Equador. Em outubro, foi exibido na Itália, no 39º Festival del Cinema Ibero-Latino Americano di Trieste.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.