“O Agente Secreto” recebe o prêmio da crítica internacional e Art et Essai, no Festival de Cannes

O filme “O Agente Secreto”, novo longa-metragem do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, recebeu, no Festival de Cannes, o Prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema), que reúne jornalistas de mais de 50 países, e o Art et Essai, concedido pela AFCAE (Associação Francesa de Cinema d’Art et d’Essai).

Em sua avaliação do filme, o júri da Fipresci explicou: “Escolhemos um filme que tem uma generosidade romanística e épica; um filme que permite digressão, diversão, humor e caráter para evocar um tempo e lugar e uma história rica, estranha e profundamente preocupante de corrupção e opressão. Um filme que faz suas próprias regras, que é pessoal, mas universal, que leva seu tempo e mergulha você em um mundo – o mundo do Brasil governado pelos militares em 1977 e o mundo das pessoas boas em tempos ruins.”

Ambientado em Recife no ano de 1977, “O Agente Secreto” é um thriller político protagonizado por Wagner Moura. Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura. O elenco reúne Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Roberto Diogenes, entre outros artistas.

A produção é assinada por Emilie Lesclaux, e é uma coprodução com a CinsemaScópio (Brasil), MK Productions (França), Lemming Film (Holanda) e One Two Films (Alemanha). Conta com distribuição no Brasil pela Vitrine Filmes. Internacionalmente, será lançado pela Neon (EUA e Canadá) e pela Mubi (Reino Unido, Irlanda, Índia e América Latina, exceto Brasil).

O reconhecimento em Cannes marca a quinta participação de Kleber Mendonça Filho no festival. Em 2019, ele já havia sido laureado com o Prêmio do Júri por “Bacurau”, codirigido com Juliano Dornelles. Seus filmes anteriores – “O Som ao Redor”, “Aquarius” e “Retratos Fantasmas” – também passaram por Cannes e conquistaram espaço nas listas de melhores do ano do The New York Times, além de alcançarem expressivo público nos cinemas brasileiros e internacionais.

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