3º Festival Curta! Documentários comemora crescimento de 45% de exibições em menos de um mês e prorroga mostras até 15 de julho
Impulsionado pelo rico acervo de mais de 150 filmes e séries documentais, o 3º Festival Curta! Documentários reafirma a força das produções nacionais ao registrar, em menos de um mês, 45% a mais de streamings do que a edição anterior e aumento de 63% do voto popular. Esse sucesso de audiência e de engajamento motivaram a prorrogação do evento, que seguirá com exibição e votação online gratuitas até 15 de julho.
Apresentada pela Claro, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, a edição atual contabiliza, ainda, um aumento de 106% no número de interações no site do evento, o festivalcurtadocs.org.br. Esses acessos qualificados, numa comparação com o mesmo período do ano anterior, ultrapassaram mais de 40 mil.
Dividido em duas mostras – Produção Canal Curta! e Outras Janelas –, o festival celebra o melhor da produção audiovisual brasileira. As obras em exibição debatem temas relevantes e contemporâneos, resgatam episódios e figuras históricas e apresentam narrativas fundamentais nos campos das Artes e das Humanidades.
Na mostra Produção Canal Curta!, os três conteúdos mais vistos até agora foram a série “Na Trilha do Som” (foto), de Marcelo Janot, que documenta a trajetória e o processo criativo de compositores de trilhas sonoras brasileiras; o documentário “O Nascimento de H. Teixeira”, de Roberta Canuto, sobre a vida e a obra da intelectual Heloísa Teixeira, que morreu em março último; e a segunda temporada da série “Brasil Visual”, de Rosa Melo, que reflete sobre produções artísticas contemporâneas que expandem o campo da arte e a fronteira do visível.
Entre as obras da mostra Outras Janelas, as mais acessadas em quase um mês de exibição foram o documentário “Macaléia”, de Rejane Zilles, sobre a amizade criativa de Hélio Oiticica e Jards Macalé, que conviveram no Rio de Janeiro nos anos 1970, quando Oiticica criou “Macaléia” em homenagem ao amigo; o documentário “Primo da Cruz”, de Alexis Zelensky, que descreve a trajetória deste pintor singular, ao mesmo tempo em que revela os mecanismos do racismo e da exclusão social no Brasil; e o documentário “Saberes Quilombolas”, de Plínio Gomes e Bruno Saphira, sobre as relações entre o trabalho e as expressões culturais de três comunidades quilombolas de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. A mostra é composta por produções documentais brasileiras produzidas a partir de 2022, com CPB emitido, com ou sem exibição prévia em televisão/VOD.
Entre os dias 5 e 6 de agosto, o festival teve eventos presenciais que incluiram as esperadas “Salas de Montagem” — sessões de obras em finalização —, masterclass e painéis sobre o mercado audiovisual. O evento também conta com o apoio da Start Locadora e da Quanta, que darão prêmios adicionais aos vencedores. Os vencedores serão anunciados em cerimônia no dia 8 de agosto.
As produções participantes do festival concorrem a prêmios que somam até R$ 170 mil, distribuídos por um júri popular e um técnico. O corpo técnico de jurados é formado por grandes nomes da cultura brasileira. Na categoria Humanidades estão Lilia Schwarcz, Sueli Carneiro, Marcelo Balbio, Christian Dunker e Ana Flávia Magalhães Pinto. Lilia Schwarcz é imortal da Academia Brasileira de Letras, Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e, atualmente, professora sênior do departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP). Sueli Carneiro é filósofa, escritora, ativista antirracista e fundadora e atual diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Marcelo Balbio é jornalista e editor do Segundo Caderno do jornal O Globo. Christian Dunker é psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da USP. Ana Flávia Magalhães Pinto, é diretora-geral do Arquivo Nacional, doutora em História pela Unicamp, mestre em História pela UnB e professora do Departamento de História da UnB.
Na categoria Artes, o júri é formado por Marieta Severo, Letrux, Adriana Rattes, Paulo Sergio Duarte e Inácio Araujo. A atriz Marieta Severo venceu quatro vezes o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), ganhou três kikitos no Festival de Gramado, dois prêmios Molière e dois prêmios Shell de Teatro. É fundadora do Teatro Poeira. A cantora e compositora Letrux é um dos principais nomes da música independente brasileira e foi indicada ao Grammy Latino pelo álbum “Letrux Aos Prantos”. Adriana Rattes é diretora executiva e sócia-fundadora do Grupo Estação, cofundadora do Festival do Rio e conselheira do Grupo Estação, do Canal Curta! e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Inácio Araujo é crítico de cinema do jornal “Folha de S.Paulo”, montador, roteirista e professor de cursos sobre história e linguagem do cinema. Paulo Sergio Duarte é crítico e professor de história da arte; curador de exposições e foi professor da Universidade Federal da Paraíba, da Universidade Silva e Souza, da PUC-Rio e da Universidade Candido Mendes.
Na votação do público, serão eleitos os melhores conteúdos da mostra Outras Janelas nas categorias Artes e Humanidades, que ganharão R$ 10 mil, cada. Haverá também o Prêmio Aquisição Canal Curta!, ao qual serão destinados R$ 30 mil para que a obra vencedora seja exibida no canal promotor do festival, com direitos disponíveis.
Por sua vez, o júri especializado escolherá dois conteúdos — um de Artes e outro de Humanidades — da mostra Produção Canal Curta! para receberem R$ 20 mil, a partir de finalistas também indicados pelo Júri Popular, além de destacar uma obra com relevância para o mercado educacional, com premiação no valor de R$10 mil.
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