Longa de Bruno Safadi ressignifica o mito de Lilith para discutir questões de gênero e patriarcado
Partindo da mitologia da primeira mulher na Terra, em “Lilith”, o cineasta Bruno Safadi lida com questões bastante contemporâneas da sociedade ao trabalhar os arquétipos de Adão e Eva. Protagonizado por Isabél Zuaa, Renato Góes e Nash Laila, o longa chega aos cinemas brasileiros em 14 de março, com distribuição da Pandora Filmes.
A pré-estreia do filme será no dia 13/03, no Belas Artes, em São Paulo, que recebe também a exposição Deusa, Louca, Feiticeira, Mulher para acompanhar a estreia do filme. Composta por 10 artistas mulheres, a exposição é uma representação de intimidade, força, vulnerabilidade, autoconhecimento, cotidiano e amor pelo ponto de vista feminino. A curadoria é de Ceres Macedo. As obras ficarão expostas no mezanino do cinema até 10/04. As artistas participantes são, em ordem alfabética: CollorPaper, Drecks, Fixxa Brasil, Julia Linda, Larissa Anne, Luiza de Alexandre, Scarlet Guimarães, Victoria Peagno e Zana.
No filme, Isabél interpreta Lilith, a primeira mulher do mundo, que se rebela contra a dominação de Adão, interpretado por Renato Góes. Depois de se isolar no deserto, ela reaparece como um duplo, Eva (Nash Laila), que realiza sua vingança comendo o fruto proibido, se vingando de Adão e se levantando contra o patriarcado.
Filmado em uma cadeia de montanhas entre Nova Friburgo e Teresópolis (RJ), além de cenas em Saquarema, na Argentina e em Israel, “Lilith” é um filme que dialoga com nossa própria época ao abordar um mito atemporal, levando o público a pensar em questões de gênero no presente.
Em sua equipe artística, o longa conta com nomes como Luísa Horta, na direção de arte; Daniela Aparecida Gavaldão, no figurino; Karen Akerman assina a montagem; e Edson Secco, a edição de som e a música original. A fotografia é de Lucas Barbi, com quem Safadi já havia trabalhado antes.