Boa Sorte, meu Amor

Boa Sorte, meu Amor é primeiro longa‐metragem do diretor pernambucano Daniel Aragão. O filme integra a mostra competitiva Cineastas do Presente (Concorso cineasti del presente), dentro da grade do 65˚ Festival del Film Locarno, na Suíça. A primeira exibição do filme acontece no dia 9 de agosto, às 11h, no Teatro La Sala.

Daniel Aragão vem se destacando nos últimos anos em festivais nacionais e internacionais com seus curtas Uma Vida e Outra, Solidão Pública e Não me deixe em Casa, premiados e com uma carreira de destaque em festivais importantes como Hamburgo, Clermont­‐Ferrand, É Tudo Verdade e o IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdam). Não é a primeira vez que Daniel vai a Locarno. Solidão Pública compôs a grade do festival em 2008 numa das mostras temáticas para jovens realizadores (Play Forward). Com o longa­‐metragem, Daniel conseguiu espaço dentro da rigorosa curadoria de Olivier Pére, que já esteve a frente da Semana da Crítica, em Cannes.

Boa Sorte, meu Amor é uma realização da produtora Orquestra Cinema Estúdios e foi produzido por Pedro Severien. O filme narra a história de Dirceu (interpretado por Vinicius Zinn), 30 anos, personagem com origens que remontam à aristocracia latifundiária do sertão pernambucano. Conformado numa espécie de amnésia subjetiva, ele tenta enterrar o passado de sua família. Ele vive no Recife, uma cidade cuja paisagem sofre um descontrolado processo de transformação, em parte graças ao seu trabalho numa empresa de demolição. Maria (interpretada por Christiana Ubach) compartilha as mesmas origens sertanejas, mas ela usa a cidade para outro propósito. Ela é uma despojada estudante de música com alma de artista. Se Dirceu aspira a um mundo estável e presente, Maria vive em discordância com o presente. Para ela, nada é como deveria ser. A presença de Maria, quase uma aparição, desencadeia em Dirceu a urgência por mudanças. Numa rota de fuga e peregrinação, um encontro singular está marcado para acontecer.

Boa Sorte, meu Amor foi realizado com baixo orçamento, mesmo para padrões locais. Teve o patrocínio do Funcultura Audiovisual do Governo do Estado de Pernambuco e o apoio de diversas empresas e instituições como o Centro Audiovisual do Norte‐Nordeste. Ainda conta com a coprodução da Rec Produtores Associados e da Set Produções Audiovisuais. As filmagens ocorreram entre setembro e dezembro do ano passado, em locação nos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Garanhuns, Águas Belas, Água Branca, Mata Grande, Delmiro Gouveia, Paulo Afonso e Petrolândia.

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