Coleção Zhang Yimou
Coleção de três DVDs lançada pela Amazon Digital, traz os filmes “Tempo de Viver” (1994), “Operação Xangai” (1995), e “O Sogo Vermelho” (1987), do cineasta chinês Zhang Yimou, diretor de “Lanternas Vermelhas”.
Polêmico filme chinês que resultou em censura e no afastamento de Zhang Yimou e Gong Li da China por dois anos, “Tempo de Viver” é um retrato político da China dos anos 40 à década de 80, através de um casal que passa por diversos problemas e acontecimentos ao longo dos anos, e que acaba vendo seu padrão de vida cair. “Tempo de Viver” é um filme que retrata de forma esplêndida o período histórico pelo qual passava a China. Obra-prima inédita na América Latina.
“Operação Xangai” se passa em 1931. Tio Liu trás para Xangai seu sobrinho Shuisheng, um garoto pobre do interior, para trabalhar para Tang, um poderoso traficante de ópio e amante da dançarina mais cobiçada da cidade. Shuisheng fica deslumbrado com a imensa riqueza em que se vê cercado. Ele deverá servir Jingbao Xiao, a nova amante do chefão. Enquanto ele se atrapalha com as tarefas de seu novo posto, muitas intrigas acontecem ao seu redor, bem além de sua confusa percepção. O roteiro tem uma história forte de traição e vingança. As interpretações de Gong Li, Ah Xiaoxi e as meninas são maravilhosas e convincentes. A direção impõe um ritmo que contrasta com a força das paixões enterradas. Filme maravilhoso, ambientação perfeita, música boa e fotografia extraordinária.
“O Sorgo Vermelho” ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Berlim de 1988. Essa produção autobiográfica sobre a China dos anos 20 tem as atrocidades da invasão japonesa como pano de fundo. A ação se passa numa região remota no nordeste da China. Prometida a um próspero dono de destilaria, uma jovem de 18 anos é violentada no percurso de sua cerimônia nupcial. Mesmo assim, o casamento acontece e ela toma a frente da destilaria. Sob seu vigoroso comando será organizada a resistência aos invasores japoneses. “O Sorgo Vermelho” permanece até hoje como um dos mais brilhantes “debut” de direção de cinema das últimas duas décadas, abrindo o caminho para um trabalho diferente, muito pessoal e belo visual e que alcança a maioridade desde o seu início. Obra prima absoluta. Indispensável.