Estudo da ANCINE revela que setor audiovisual cresceu 65,8% em apenas sete anos
A Agência Nacional de Cinema – ANCINE divulgou o Estudo sobre Valor Adicionado pelo Setor Audiovisual Brasileiro, que comprova o vigor do crescimento do setor nos últimos anos. Entre os anos de 2007 e 2013, o valor adicionado pelo audiovisual teve um aumento real de 65,8%, o que equivale a uma expansão contínua de 8,8% ao ano, variação significativamente superior ao crescimento médio do valor adicionado pelo conjunto de todos os setores da economia brasileira.
O estudo foi apresentado pela diretora da Agência, Rosana Alcântara, durante palestra no Telas Fórum, congresso sobre o mercado de conteúdos audiovisuais, em São Paulo.
Por conta do seu crescimento acelerado, a contribuição do setor, que, em 2007, representava 0,38% do valor adicionado total da economia, passou a representar 0,54% em 2013.
Em relação à participação de cada segmento dentro do setor audiovisual, o estudo revela que a principal mudança se deu entre os segmentos de TV aberta e de TV fechada (programadoras e operadoras de TV por assinatura). Enquanto o primeiro teve queda na participação de 19,5 pontos percentuais no período de 2007 a 2013, o segundo cresceu 19,4 pontos percentuais.
O aumento no segmento da TV fechada se deu tanto entre as operadoras quanto entre as programadoras. A participação das operadoras, que era de 24,3% em 2007, passou para 37,5% em 2013. Já a atividade das programadoras teve participação de 12,2% na renda do setor audiovisual em 2013. Em 2007, esse valor era de apenas 6%.
Outro expressivo aumento foi na atividade de exibição cinematográfica, que praticamente dobrou sua participação, passando a representar 3% do total do valor adicionado do setor, em contraste com os 1,6% registrados em 2007.
Elaborado pela Secretaria Executiva da ANCINE, a pesquisa se baseou em dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo considerou como integrantes do setor audiovisual 11 atividades econômicas classificadas segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE versão 2.0:
- Atividades de produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão – 59.11-1;
- Atividades de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão – 59.12-0;
- Distribuição cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão – 59.13-8;
- Atividades de exibição cinematográfica – 59.14-6;
- Atividades de televisão aberta – 60.21-7;
- Programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura – 60.22-5;
- Operadoras de televisão por assinatura por cabo – 61.41-8;
- Operadoras de televisão por assinatura por micro-ondas – 61.42-6;
- Operadoras de televisão por assinatura por satélite – 61.43-4;
- Aluguel de fitas de vídeo, DVDs e similares – 77.22-5;
- Comércio varejista de discos, CD’s, DVDs e fitas – 47.62-8.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calcula sistematicamente o Valor Adicionado dos diversos setores que integram a economia do país por meio de pesquisas setoriais — Pesquisa Anual de Serviços (PAS), Pesquisa Anual de Comércio (PAC) e Pesquisa Industrial Anual (PIA) — e por meio do Sistema de Contas Nacionais. O universo dos dados utilizados nas pesquisas refere-se a empresas com 20 ou mais pessoas empregadas.
O valor adicionado mede a relevância econômica do setor, e o seu acompanhamento permite a realização de análises sobre a sua evolução ao longo do tempo, assim como comparações com outros setores e com outros países. O Produto Interno Bruto (PIB) a preços básicos corresponde ao somatório dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas realizadas em território nacional.