Corpo Elétrico
Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano, acompanha Elias, um jovem que tenta equilibrar seu cotidiano entre o trabalho em uma fábrica de vestuários e encontros casuais com outros homens. Em cada cama que Elias se deita, um universo se abre a partir das narrativas contadas pelos personagens. São corpos enlaçados que se acariciam, vozes que falam baixo e suavemente, amantes que relatam encontros, aventuras sexuais, sonhos.
Elias ama de forma leve e solar. Ele tem 23 anos, é gay e nordestino. Usa cada encontro para moldar um pouco sua personalidade, se tornando uma espécie de prisma humano, capturando tudo que pode de seus parceiros. Ele transita entre o masculino e o feminino, pode ser o trabalhador empenhado, mas também um anarquista debochado. Dessa forma, Corpo Elétrico questiona também os lugares socialmente estabelecidos para gays, negros, mestiços, migrantes, operários.
O casting foi uma das partes essenciais para a construção do filme. Marcelo Caetano foi produtor de elenco de um dos filmes mais aclamados do ano passado, Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, além de ter colaborado como assistente de direção de Gabriel Mascaro em Boi Neon, de Hilton Lacerda em Tatuagem e de Anna Muylaert em Mãe Só Há Uma.
Corpo Elétrico é dirigido Marcelo Caetano, que escreveu o roteiro do filme junto com Gabriel Domingues e colaboração de Hilton Lacerda. O filme começou sua carreira no Rotterdam Film Festival na Holanda e participou de importantes festivais como o de Guadalajara no México, onde recebeu o Prêmio Maguey, Festival de Hong Kong, Off Camera, Krakow na Polônia, BFI Flare em Londres, Outfest de Los Angeles, entre outros 10 festivais anunciados até agora e mais 5 para anunciar em breve.
Aqui no Brasil, o filme estreia em circuito comercial a partir de 17 de agosto, e será exibido na abertura do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.