Santoro – O Homem e sua Música
Um dos maiores nomes da música brasileira, responsável por gerações de músicos que se formaram na Universidade de Brasília, o músico, compositor e maestro premiado Cláudio Santoro (1919 – 1989) é tema do documentário “Santoro – O Homem e sua Música”, que chega no dia 8 de março nos cinemas. Pouco conhecido fora do ambiente da música erudita, Santoro foi autor de mais de 600 peças musicais de diferentes estilos, que são fruto de sua versatilidade para compor, desde singelos prelúdios para piano até complexas peças sinfônicas e eletroacústicas. O diretor John Howard Szerman assumiu a tarefa de perfilar e trazer para o público a história de Santoro no longa-metragem que roteirizou, dirigiu e produziu.
Johnnie Howard como é mais conhecido, porém, não se restringe ao perfil musical. Ele investiga outros aspectos da trajetória do personagem. Militante do Partido Comunista Brasileiro, Santoro foi irredutível quanto às suas posições políticas, o que o impossibilitou de alcançar, em vida, uma trajetória de maior sucesso no Brasil e até mesmo no exterior. Morou na Europa e passou por muitas dificuldades financeiras. Depois de oito anos exilado na Alemanha, em 1977, ainda em plena Ditadura Militar, recebeu convite do Governo Brasileiro para voltar ao país e escolheu Brasília como destino para continuar seu trabalho na UnB.
Com 88 minutos de duração, o documentário reúne depoimentos de familiares, amigos e especialistas que trazem à tona a história do início ao fim de vida do artista. A direção musical é do filho do maestro, Alessandro Santoro, pianista e cravista. São trechos de quatro sinfonias e diversas peças musicais interpretadas especialmente para o filme pelas orquestras: Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), Filarmônica de Minas Gerais e a Filarmônica Amazonas (OAF); a Camerata do Brasil e a Camerata Aberta, além de músicos em diversas formações: solo, duo, trio…
“Santoro – O Homem e sua Música” foi indicado para concorrer no 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2015, recebendo os prêmios Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal na categoria longa-metragem como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Trilha Sonora, além do prêmio Exibição TV Brasil e o prêmio Marco Antônio Guimarães como Melhor Pesquisa Cinematográfica do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro.
A pré-estreia do documentário, para amigos e convidados, será no CasaPark, em Brasília, dia 7 de março, às 20h. A data foi escolhida justamente por conta dos 29 anos da morte de Santoro. O público vai ser recepcionado pelo Quarteto de Cordas do Teatro Nacional sob a regência do maestro Claudio Cohen e, após a exibição do filme, haverá debate com a presença do diretor John Howard Szerman e de Gisele Santoro, viúva do maestro.
O documentário tem produção da Dada’n Zen Produções, coprodução de Digitallcine Produções Cinematográficas, patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, recursos do BRDE/FSA/ANCINE, apoio da Associação Cultural Claudio Santoro e Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Estado do Amazonas.