A Moça do Calendário
Consagrada atriz e diretora do cinema nacional, Helena Ignez lança seu mais recente filme, A Moça do Calendário, nos cinemas brasileiros, no dia 27 de setembro, com distribuição da Pandora Filmes. Quinto longa dirigido por Helena, o filme é baseado em um roteiro escrito por seu marido, Rogério Sganzerla, antes de sua morte, em 2004. O texto foi adaptado por Helena e fala sobre as contradições do país, a luta de classes, as questões de gênero e o sonho como agente libertador.
O filme acompanha Inácio (André Guerreiro Lopes), ex-gari, mecânico e dublê de dançarino desmotivado, que trabalha numa oficina mecânica e sonha com uma Moça do Calendário (Djin Sganzerla), musa dos seus desejos e fantasias. Para Helena, A Moça do Calendário se trata de um “filme utópico”, que busca a “descolonização do pensamento”
Por “utópico”, a diretora defende a criação de uma sociedade anticapitalista, na qual não existam desigualdades sociais. Através da “descolonização”, imagina uma estrutura alheia aos filmes convencionais, adotando questões políticas, sociais e estéticas tipicamente brasileiras. A Moça do Calendário busca resgatar o espírito anárquico do tropicalismo e demais vanguardas do cinema brasileiro.
Exibido em mais de 15 festivais em 2017, entre eles a Mostra de São Paulo e o Festival de Brasília, o filme foi premiado no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria, como Melhor Filme – Voto Popular, Melhor filme do Femina – Festival Internacional de Cinema Feminino, Prêmios de Melhor Filme Longa Nacional, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Ator no 41º Festival Guarnicê de Cinema, além de ser elogiado pela crítica especializada.