Em homenagem à Godard, canal Curta! exibe filme sobre a Nouvelle Vague
Em homenagem ao diretor Jean-Luc Godard, falecido nesta terça-feira, 13 de setembro, o Curta! e o Curta!On apresentam o documentário “Nouvelle Vague: A Grande Onda do Cinema”. O filme conta a história do movimento artístico que nasceu na França e marcou o cinema mundial, sobretudo durante as décadas de 1950 e 1960, por seu caráter contestatório e revolucionário.
Desse grupo, saíram grandes nomes da sétima arte, entre eles o próprio Godard. Além dele, diretores como François Truffaut e Agnès Varda são assunto do documentário, uma coprodução da Arte France e da INA. No Curta!, será exibido neste sábado, 17 de setembro, às 21h. No Curta!On – Clube de Documentários, o filme pode ser assistido a qualquer momento, através da ClaroTV+ ou no site CurtaOn.com.br.
Trechos de filmes da época contam a história da Nouvelle Vague, como “Os Primos”, de Claude Chabrol, “Os Incompreendidos”, de Truffaut, e “La Pointe Courte”, de Agnès Varda. As cenas são mescladas com um impressionante acervo de entrevistas com diretores como Godard, Truffaut, Chabrol e Varda. Outros profissionais que se envolveram com o movimento também aparecem em entrevistas, entre eles o arquivista Henri Langlois, cofundador da Cinemateca Francesa, e o cinegrafista e diretor de fotografia Raoul Coutard. Atores como Jean-Paul Belmondo, Brigitte Bardot e Gina Lollobrigida estão entre os que aparecem no longa.
A Nouvelle Vague daria espaço para jovens cineastas, muitas vezes iniciantes nesse ofício, dispostos a quebrar padrões e, ao mesmo tempo, enfatizar novos valores trazidos por aquela geração. As produções acabaram por refletir o contexto de efervescência cultural e política vivido em diversas partes do mundo.
Por apresentar filmes e entrevistas realizados, sobretudo, em meados do século XX, “Nouvelle Vague: A Grande Onda do Cinema”, dirigido por Florence Platarets, é composto em quase sua totalidade por imagens em preto e branco. Porém, o documentário, em seus momentos finais, exibe cenas coloridas como as de “Uma Mulher é uma Mulher”, de Godard, e “A Princesa de Clèves”, de Jean Delannoy, acompanhando a passagem do tempo e a evolução tecnológica do cinema.