Nova titular da SAv-MinC, Joelma Oliveira Gonzaga, chega da Bahia para comandar o audiovisual

Por Maria do Rosário Caetano

A ministra Margareth Menezes, que assumiu o comando do renascido MinC, escolheu para a gerir a Secretaria do Audiovisual, a produtora baiana Joelma Oliveira Gonzaga, nascida em Salvador. Trata-se do braço cultural do segmento governamental dedicado à produção de imagens brasileiras. Isto porque cabe a outro organismo, a Ancine (Agência Nacional de Cinema), o fomento e fiscalização do audiovisual encarado como indústria. Para a Agência, ainda não foi designado o novo diretor-presidente. E só o será quando a nova ministra tomar conhecimento pleno do funcionamento legal da cobiçada Ancine.

A Sav-MinC terá, no Governo Lula 3, uma gestora em fina sintonia com a ministra Margareth Menezes, já que ambas são baianas e afro-brasileiras. Trabalharão, pois, para ampliar a produção e promoção do audiovisual brasileiro junto à nossa grande população negra e parda, que, embora majoritária, foi (e ainda é) historicamente alijada dos meios de produção cinematográfica e televisiva.

Joelma Oliveira Gonzaga desempenhou, nos últimos anos, a função de produtora-executiva da Maria Farinha Filmes, definida por seus gestores como “maior estúdio de entretenimento de impacto social da América Latina”.

Quando o nome de Joelma foi confirmado, Luana Lobo, co-CEO e sócia da Maria Farinha Filmes, festejou: “Estamos muito orgulhosas pela escolha de Joelma e cheias de esperança frente a esse movimento”, que nos traz “a volta do Ministério da Cultura depois de anos de grande dificuldade para o setor”. Para a Maria Farinha, a recriação do MinC “é algo imprescindível para o desenvolvimento sustentável do país”.

Luana Lobo desenha, então, o perfil da empresa (com alma de ONG): “Com mais de 20 anos de experiência no setor e, nos últimos dois anos, à frente da produção-executiva da Maria Farinha Filmes, Joelma assina trabalhos como “O Som do Rio”, série lançada em 2022, em parceria com o YouTube, e projetos que serão lançados em 2023 como o documentário “O Futuro É Ancestral” e a série “Segura essa Pose”.

O Boletim Filme B, editado por Paulo Sérgio Almeida, perfilou Joelma como “produtora-executiva da Maria Farinha e sócia da Laranjeiras Filmes”. E destacou, entre seus trabalhos mais recentes, “a série ‘Aruanas’ (2019 e 2021), produzida pela Maria Farinha para a TV Globo, e a produção-executiva de ‘Dr Gama’ (2021), filme de Jeferson De, produzido por Heitor Dhalia, Pedro Betti, Egisto Betti e Manoel Rangel”.

À Revista de CINEMA, a soteropolitana Joelma pediu, calmamente, tempo para inteirar-se de suas novas responsabilidades, e disponibilizou sintético currículo (sem, por enquanto, revelar sua idade): “Com filmes premiados e exibidos em importantes festivais do mundo, como Cannes, Locarno e Festival do Rio, Joelma Oliveira Gonzaga, nasceu em Salvador e há uma década constrói sólida carreira como produtora-executiva e criativa”. E mais: “Com vasta experiência em articulação nacional e internacional, atualmente é head de produção da Maria Farinha Filmes, membra (atenção para o feminino!) do conselho fundador da União Nacional de Produtores Executivos – UPEX, e atuante também como conselheira do Instituto Nicho 54.”

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